PAI-NOSSO!
1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de
seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou seus
discípulos.2 Respondeu-lhes: Quando orardes, dizei: “Pai, seja respeitada a
santidade do seu nome, venha o teu Reinado;3 dá-nos hoje o pão do amanhã;4
perdoa-nos nossos pecados, como também perdoamos os que nos ofende; não nos
deixeis sucumbir na prova”.5 E acrescentou: suponhamos que alguém tem um amigo
que acorre a ele à meia noite e lhe pede: Amigo empresta-me três pães,6 pois chegou de viagem um amigo meu, e não
tenho oque oferecer-lhe.7 O outro de dentro lhe responde: não me importunes;
não posso levantar-me para dá-los.8 Eu vos digo que, se não se levantar para
dá-los por amizade, se levantará por seu aborrecimento para dar-lhe o que
necessita. 9 Eu vos digo: “pedi e vos darão, buscai e encontrareis, batei e vos
abrirão; 10 pois quem pede recebe, quem busca encontra, a quem bate lhe abrem.11
Quem de vós, se um filho pede pão, lhe dá uma pedra? Ou se pede um peixe, lhe
dá uma cobra?12 Ou se pede um ovo dá um escorpião?13 Portanto se vós, sendo
maus, sabeis dar coisas boas ao vossos filhos, quanto mais vosso Pai do céu
dará Espírito Santo àqueles que lhe pedirem. Lc 11,1-13
Palavra da salvação.
Glória a vós, Senhor!
Queridos irmãozinhos povo do Senhor,
a liturgia deste Domingo nos mostra, uma das mais belas pérolas preciosas do
Evangelho: “O Pai Nosso”. O Senhor nos dá uma palavra de ânimo, animando-nos a
praticar a oração.
Os discípulos vendo como Jesus orava
de um outro modo, muito belo e profundo, disseram: Rabi ensina-nos a orar, do
jeito que o Senhor ora? No Evangelho Lucas nos revela a verdadeira gênese desta
oração. O Pai Nosso nasce dos lábios do divino Mestre:
2Quando
orardes, dizei: “Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;3 o pão nosso cotidiano dá-nos a cada dia; 4perdoa nossos pecados, pois também nós perdoamos aos nossos
devedores; e não nos deixes cair em tentação”. ( Lc 11,1-4)
Nos inícios da Igreja Primitiva, o Pai-Nosso era rezado com
tal seriedade e respeito, só os cristãos batizados introduzidos na Igreja podiam recitar a
formula, e era protegida pela lei do arcano. (disciplinas Arcanas: secretas a respeito da fé e dos sacramentos. A Igreja Católica, combateu na Idade Média os pagãos, para se defender as verdade da fé, estavam a frente deste trabalho os Santos Padres patrísticos . Sec I-VII)
Na Idade Média, o Pai-Nosso era confiado aos catecúmenos somente no
fim de sua preparação, na vigília do batismo, junto com a explicação da
Eucaristia. (cf. Cirilo de Jerusalém, Cat. Mist. V,11)
O catécumeno que o recebia cuidava das
palavras como relíquias e esperava ansioso o momento, o dia, que saindo da
purificação do batismo, “cercado pelos irmãos e apresentados pela Mãe Igreja.
"Nos primeiros seculos onde os primeiros cristãos eram minorias entre os pagãos, para que alguém fosse iniciado, passava antes pelo catecumenato, para aprenderem sobre os mistérios, uma vez que os sacramentos não devem ser ministrado a quem não tenham preparação e um discernimento, suficientes para participar e ser inseridos nos mistérios da Igreja".
"Nos primeiros seculos onde os primeiros cristãos eram minorias entre os pagãos, para que alguém fosse iniciado, passava antes pelo catecumenato, para aprenderem sobre os mistérios, uma vez que os sacramentos não devem ser ministrado a quem não tenham preparação e um discernimento, suficientes para participar e ser inseridos nos mistérios da Igreja".
Como um Rito solene, de braços levantados
bradava: “Pai!” Eram então introduzido com alegria na comunidade, para o
conhecimento de todos como novo filho de Deus. ( Tertuliano, Bapt. 20,5)
Porque devemos recordar estas coisas da nossa
fé, porque nos banalizamos o Pai Nosso, recitando-o frequentemente, em série,
sem pensar nele, como se diz qualquer jaculatória na hora da necessidade ou do
medo.
Perdemos o sentido do mistério tremendo que se oculta naquelas palavras
saída da boca de Deus e dirigidas ao ouvido de Deus. Nosso Senhor nos ensinou a
chamar Deus de Pai.
Na oração o Pai-Nosso está resumido
tudo de bom que o orante deseja obter de Deus Pai. O segredo está no despojar
de todas as ambições pessoais e sintonizar-se na misericórdia de Deus. “Deus é
Pai!”
O pecador contrito deve sempre estar
buscando as misericórdias do Pai. Jesus disse que falar com Deus é a melhor
parte que não será tirada. (Lc 10,41-42)
O Espírito Santo de Jesus é a nossa
ferramenta santa; Ele é constante em nos ajudar a perseverar a fé. Embora
pecadores que somos, Deus não desiste de nós!
Pois o sustento da fé é dom de Deus,
significa o pão da vida futura; a vida eterna na casa do Pai. O Pão nosso de
cada dia, pode ser também o nosso cotidiano, pois se refere a nossa vida
terrestre, enquanto estivermos aqui neste vale de lágrimas.
Na oração do Pai-Nosso Jesus ao ensinar seus
discípulos a orar, revela-nos o rosto misericordioso do Pai. (1 Jo 4,7-21) Por
isso no Evangelho de hoje Nosso Senhor, ensina que devemos ser insistente na
oração, de sempre pedir:
“Batei e vós abrirá! Quem pode recebe! Quem
busca encontra! (Lc 11,5-13) O perdão e a humildade, deve estar sempre disposto
em nós, para pedir e perdoar a quem nos ofender, pois é assim que rezamos na
oração do Pai-Nosso.
Perdoar o nosso próximo as ofensas, e te serão
perdoados os pecados quando pedires. ( Eclo 28,1-7; Lc 6,37) "Assim como perdoamos a quem nos tem ofendido". Deveríamos parar a oração aqui, e ir reconciliar com nossos irmãos ofendidos, depois continuarmos esta oração.
O Pai Nosso é o Evangelho abreviado, o
Evangelho em oração; um manancial vivo da Boa Nova que brota da boca daquele
que é o Evangelho em pessoa; o próprio Cristo!
Irmãozinhos! Há uma grande semelhança entre o
Pai-Nosso e a Eucaristia. Na Eucaristia se perpetua o Jesus que dá ao Pai pelos
homens, que “serve”: “Eu estou no meio de vós, como aquele que serve. (Lc
22,27)
No Pai-Nosso reza: se perpetua a presença de
Jesus que disse: “Eu estou no meio de vós como aquele que reza. (Hb 7,25) Na
Eucaristia, há uma comunhão com o corpo de Cristo; no Pai-Nosso uma comunhão na
oração de Cristo:
E é esta a verdadeira “comunhão espiritual”
que podemos fazer sozinhos, a cada momento, também quando não nos é possível a
sacramental. Fechamos nossos olhos interior e contemplar Jesus ressuscitado em
Nós!
Por isso na Santa Missa, aquele
momento solene de rezar o Pai-Nosso com confiança e liberdade de filhos e filhas
de Deus, comungarmos; o Corpo, o sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor
Jesus Cristo!
Naquele dia, Jesus não ensinou seus
discípulos uma simples formula de oração, mas uma maneira nova de orar. O
Pai-Nosso deve diluir-se em meditação e alimentar a nossa oração espontânea,
esta deve tornar sempre viva e renovada a récita do Pai-Nosso.
Conta-se que São Francisco e seus
frades, apostaram uns aos outros, quem rezariam mais o Pai-Nosso. A cada Oração
deveriam colocar no capuz de seus hábitos, uma pedrinha para marcar os pontos.
E começaram a rezar bem rápido para vencer uns
aos outros. Os Frades já estavam com os capuzes cheios e pesados de tantas
pedrinhas, quando perguntaram ao pai Francisco.
E você Pai quantos seixos já tem?
Tranquilamente o Santo respondeu nenhuma! Estou ainda contemplando o “Pai-Nosso
que estais no Céu!”
Esta historinha de Francisco, nos
ensina como devemos orar a Deus na meditação, tanto oralmente como na contemplação no silêncio. Jesus, ao ensinar
seus discípulos a rezar, lhes ensinou a chamar Deus de Paizinho. ( Aba Pai: Mt 6,9; Rm 8,15;Gl 4,6)
Embora a oração seja de pedidos, Cristo mostra
que reza-la com fé significa comprometer-se com Deus e com a vida em
comunidade, na missão de fazer com que o Reino de Deus aconteça.
O Reino de Deus acontece na medida
que vamos nos convertendo ao Evangelho, insistentes e perseverantes, na relação
de filhos obedientes ao Pai.
No Evangelho deste Domingo Jesus nos
ensina a não desanimarmos, sempre pedir ao Pai do Céu, porque Ele é
infinitamente bom.
Mas não devemos nos iludir pensando que Deus
nós dará tudo o que pedirmos, quando e como queremos, pois no seu amor Ele sabe
nos dar coisas boas e que realmente nos podem fazer bem.
Por isso a oração do Pai-Nosso
recitada com fé, nos faz chamar Deus de Pai. A Oração do Pai-Nosso ensinada pelo nosso
Salvador, tem-se propagado através de longos séculos, e Jesus tem rezado
conosco, em nós e por nós.
Depois desta reflexão da oração do Pai-Nosso, diz o pregador do Papa Francisco, (Raniero Cantalamessa) não será tão mais fácil para cada um de nós, continuar recitando o “Pai- Nosso”
de qualquer jeito sem pensar na grandeza desta oração divina. Amém!
Jesus é o
Senhor!
Fontes do texto elaborado: Joseinacioh.blogspot.com: "Jesus é o Senhor!" Publicado em 2013 - Evangelho São Lucas 11,1-13 ano "C" 2013 -- Homilia de Raniero Cantalamessa : "Uma catequese sobre o Pai-Nosso", Evangelho São Lucas 11,1-13 ano "C": Lit. "O Verbo se faz carne" Pg 684-693 -- Livreto litúrgico:"DEUS CONOSCO dia a dia", Evangelho São lucas 11,1-13 ano "C" 2016 "Ano da Misericórdia" Pg 92-95.122 -- Consultou a Bíblia de Jerusalém: Evangelho São lucas 11,1-13 no contexto a oração do "Pai-Nosso". www.veritatis.com.br /Patristica obras 1496 - Primeira Catequese Mistalgogica.
Boa tarde
ResponderExcluirLinda mensagem