sábado, 28 de setembro de 2013

EVANGELHO SÃO LUCAS 17:5-10 27° DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C 2013 ANO DA FÉ. Liturgia para 06-10-13


                     UMA MEDITAÇÃO SOBRE A FÉ
                             SE TIVÉSSEIS FÉ!

                                           


A SEMENTE DA FÉ
 5 Naquele tempo os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta a nossa fé. O Senhor disse: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: Arranca-te pela raiz e planta-te no mar, ela vos obedeceria. Quem de vós, se tem um servo arando ou pastoreando, quando voltar do campo, lhe dirá que sente depressa à mesa? 8 Pelo contrário, lhe dirá: Prepara-me de comer, cinge-te e serve-me enquanto como e bebo; depois comerás e beberás tu. Terás de agradecer ao servo por ter feito o que mandou? 10 Assim também vós: Quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: Somos servos inúteis, cumprimos o nosso dever.

Palavra da salvação!
Glória vós Senhor.

 A palavra de Deus deste Domingo tem como tema central a fé. O que é a fé? A fé é o fundamento da esperança. ( Eb 11:1) A fé é uma janela aberta para o céu, uma resposta à sede do infinito, que existe no ser humano, imagem e semelhança de Deus. 

 A fé produz a esperança, e a esperança a caridade. Já dizia São Tiago: Se tens fé mostra tuas obras, se tens obras mostra-te tua fé.( Tg 2:14-17)  Irmãos...! A fé é assim, primeiro damos os passos, e depois Deus coloca o chão para pisarmos. É aquilo que não vemos, mas se espera. 

 A fé não é algo morto, mas uma realidade viva, incutida dentro de todo ser humano, por mais que ele se diz, que não acredita em nada, mas em alguma coisa acredita;  ele espera, planeja e aguarda, com esperança a realização do seu futuro, pois é assim o sentimento, de todo ser humano. 

 Assim também, a fé do cristão se reaviva e acredita, quando se tem uma experiência, naquele que é nossa única esperança, e que tem promessas de  vida eterna,  Nosso Senhor Jesus Cristo. Um exemplo de fé, para nós cristãos: Crer que Jesus está presente de corpo alma e divindade na Sagrada Eucaristia. ( Pe. Raniero Cantalamessa )

 Dizer fé, para um cristão e dizer tudo, mas com a triste possibilidade de dizer nada, se seu coração não estiver aberto ao Espírito Santo. Ou cremos, ou não cremos, sem ela e impossível agradar a Deus! A fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo. ( Rm 10:17 )

 Foi através dela, que os Patriarcas e os profetas agradaram a Deus, os santos mártires testemunharam o Evangelho derramando seus sangue, para fortalecer os alicerces da igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. ( Eb 11:1-40 ) Quando tudo esta bem com a gente, e fácil falar de fé, o difícil falar de fé é quando vem as provações, a penúria, a dor, a angustia, a depressão, a perda de alguém,  a dúvida, a aridez, e a noite escura.

 A palavra de Deus é a janela aberta para o céu, e a porta aberta  que se chama Nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus chorou, no Horto das Oliveiras, mas não desistiu da sua fé, no projeto de amor do Pai, foi em frente com  toda aridez e sua noite escura. 

 Naquele tempo, os discípulos disseram ao Senhor: Aumenta a nossa fé! Quantas vezes acontecem conosco também, sentimos vazios, e não aptos para a missão, e testemunha-la. Os apóstolos viram o Senhor, viram os milagres, os testemunhos, mesmo assim pedem: Senhor aumente a nossa fé?!

 Uma vez jesus, falando do seu corpo como comida, e seu sangue como bebida, os discípulos não entenderam e começaram, à abandona-lo. Então perguntou aos discípulos: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Pedro: Senhor a quem iriamos nós? Se só tu, tens palavras de vida eterna, e nós cremos que tu és o filho de Deus! ( Jo 6:67-68 ) 

 É dom de fé para a Igreja Católica, crer na  Eucaristia, que naquele pão  e vinho consagrado, está Jesus com seu corpo, sua alma e  sua divindade. Ser seguidor de Cristo, é permanecer Nele fielmente! Como diz Cantalamessa: O cristão de fé, se encontra, naquele ponto misterioso onde a onipotência de Deus se encontra com a liberdade humana. Deus quer adoradores  de fé, em Espírito e verdade! ( Jo 4:24 )

 Quando pediram ao Senhor, para aumentar lhes a fé, já era uma expressão de fé da parte deles, para com a boa noticia, do Reino de Deus anunciar. Isso não pode ser diferente também conosco, temos que pedir sempre: Senhor Jesus aumenta a minha fé! Manda Senhor Jesus teu Espírito Santo, para me convencer no acreditar, que estás sempre comigo! 

 O discípulo fiel, onde estiver não dará contra testemunho, porque o paráclito virá em seu auxilio. O Senhor disse: "Se tivésseis fé" do tamanho de um grão de mostarda! Isso quer dizer que nossa fé é muitas vezes inconstante, e sempre pequena, na experiência com Deus. São Tiago disse: Quem tem fé tem obras, e sabe o que faz, por causa de Jesus Cristo, por isso ama o próximo e suporta tudo. ( Tg 2:14-18 )

 Os Apóstolos só vão assumir pra valer seus ministérios, depois da experiência de Pentecostes,  daquele dia em diante, nunca mais foram os mesmos, deram suas vidas por amor e causa do Reino. Uma fé minúscula, seria suficiente, para ordenar a uma árvore, arrancar-se e plantar-se no mar.

 Esta ordem será executada imediatamente, quando existem confiança e fé em Deus. Imaginemos  a fé de Moisés: O mar vermelho abriu se, é os Hebreus atravessaram a pé enxuto, rumo a terra prometida. ( Ex 14:36-39 ) Ou do profeta Elias, quando pediu fogo do céu sobre o altar de sacrifício. ( 1 Rs 18:36-39 ) A força da fé não depende da grandeza, mas sim do seu apoio, que é a promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo! Sem mim nada podeis fazer; disse Jesus! ( Jo 15:5 )

 A nossa fé só vai acontecer milagres se tivermos intimidade com o Senhor. A intimidade com Deus, é uma experiência de Fé! A fé é, antes de mais uma adesão a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo e seu projeto de amor. Jesus é exagerado quando fala da fé dizendo: Se tivésseis fé do tamanho de um grão de mostarda, já poderíeis realizar grandes prodígios.

 O Senhor exorta os apóstolos com a mensagem da parábola, da amoreira trans-plantada para o mar! O mar na bíblia tem dois significados: A água do mar é vida, benção, sinal da presença de Deus, imagem da pessoa que se deixa ser conduzido por Deus e sua graça. 

 O outro significado é: O caos, a morte, destruição, ausência de Deus. Jesus ao falar da árvore trans-plantada ao mar, está falando do envio dos discípulos aos pagãos, que não conhecem a boa nova do Reino, e que a Boa Nova deve ser plantada nos seus corações.

  Mas se tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, os prodígios e milagres acontecerão, não importa onde estiverem, o Espírito Santo vai agir e manifestar no servo de Deus. A árvore trans-plantada é a palavra de Deus, que é o próprio Cristo, razão do Reino de Deus, que deve ser anunciada com fé e coragem. O discípulo do Senhor é aquele que se faz servo de todos, sem exceção, e que a causa do Reino de Deus, está em primeiro lugar.

 Dai de graça, o que recebestes de graça, e dever do cristão praticar a caridade, pois estão incutidas no ser humano, trés virtudes teologais para não serem servos inúteis. Senhor aumenta a nossa fé, dai nos uma fé viva, e sempre nova, e renova sempre a nossa disposição de sermos discípulos do vosso Evangelho!  Jesus disse: Convertei vós e crede no Evangelho. ( Mc 1:12-15 )  Amém!

Oração final.

Vinde Espírito Santo enchei os corações de vossos fieis, e ascendei neles o fogo do vosso amor, enviai vosso Espírito, e tudo sera criado, e renovareis a face da terra.

Jesus é o Senhor!

O texto foi elaborado com auxilio do livro: Evangelho nosso de cada dia Pe.Vitório SJ. e o verbo se fez carne de Cantalamessa. 

















domingo, 22 de setembro de 2013

Evangelho São Lucas 16:19-31 -- 26° Domingo do Tempo Comum ano C 2013-- ano da fé -- Liturgia para 29-09-2013

                                                       

                                       APELO Á CONVERSÃO
                        O rico epulão e o pobre lázaro


LAZARO E O RICO EPULÃO
 19 Naquele tempo Jesus contou a seguinte parábola: Havia um homem rico que vestia púrpura e linho e banqueteava esplendidamente cada dia. 20 E havia, um pobre chamado Lázaro, coberto de chagas, e deitado a porta do rico. 21 Queria saciar-se com o que caía da mesa do Rico. Até os cães iam lamber-lhe as chagas. 22 O pobre morreu e os anjos o levaram para junto de Abraão. O rico também morreu e o sepultaram. 23 Estando no Hades, em meio a tormentos, levantou os olhos e avistou Abraão com Lázaro a seu lado. 24 Chamou-o e lhe disse: Pai Abraão, tende piedade de mim, e envia Lázaro, para que molhe a ponta do dedo na água e me refresque a língua, pois estas chamas me torturam. 25 Abraão respondeu: Filho recorda que em vida recebestes bens, e Lázaro, por sua vez, desgraças. Agora ele é consolado, e tu atormentado. 26 Além disso, entre vós e nós há um abismo imenso; de modo que, ainda que se queira, não é possível atravessar daqui até vós, e nem passar dai até nós. 27 Insistiu: Então, por favor manda-o à casa de meu pai, 28 onde tenho cinco irmãos, para que os admoestes a fim de que não venham também eles parar neste lugar de tormento. 29 Abraão lhe disse: Eles tem Moisés e os profetas: Que os escutem. 30 Replicou: Não, pai Abraão; se um morto os visita, eles arrependerão. 31 Disse-lhe: Se não escutam Moisés nem os profetas, mesmo que um morto ressuscite, não lhe farão caso.

Palavra da salvação!
Glória vós Senhor. 

 Nos estamos diante de mais uma parábola, que Jesus contou-nos, e São Lucas narra à, maravilhosamente para o nosso crescimento espiritual. Esta parábola é diferente das outras, tem sentidos metafóricos para entendermos a urgência do Reino de Deus. Ela tem dois pólos: "O tempo e a eternidade." Alguns personagens tem nomes, e outros não. Para nos cristãos se trata de uma história verídica que aconteceu, e acontecerá na eternidade, e Jesus revelou à para nós, o que acontecerá na eternidade quando deixarmos este mundo. ( O inferno: Cat 1033; 1034;1035;1037 ) ( Juízo final: Cat 1038-1040)

  A doutrina da Igreja Católica, tem dogma de fé, quer queira ou não todos nós, compareceremos no tribunal do Senhor! Esta parábola nos exorta a urgência do Reino à uma verdadeira conversão, pois o tempo se urde com rapidez rumo a eternidade, pode ser que não de tempo, se deixarmos para o amanhã nossa decisão de conversão. A parábola do rico epulão nos discerne: Se um homem tem de mais a sua mesa, e outro não tem nada para comer, com certeza um irá ao inferno ao morrer. O inferno é a total ausência de Deus, e o céu é o próprio Deus que nós iluminará. ( Ap 21:23; 22:5 )


 Irmãos! Não vamos tapar o sol com a peneira, e pensar que tudo será resolvido na eternidade, e que Deus na sua bondade infinita, já nos salvou e estamos perdoados, e podemos continuar naquela vida ateia dissoluta sem Deus. O mundo prega o ateísmo, vida sem Deus, e por isso o mundo diz ao mundano: Não vamos misturar as coisas....?! acreditemos só na ciência....?! deixa a religião pra-lá!!! Irmãos! Lembremo-nos do "Imperativo da hora do Senhor"! Aquela hora proclamada por Deus: E tempo de conversão, convertam-se! E deixa  claro que o tempo de  mudança de vida  e agora, e Ele já fez sua parte de amor por nos, enviando seu filho único salvador, para nos redimir  de nossos pecados! 

 Os profetas estão no mundo pregando o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, ouçamos a palavra de Deus, antes que seja tarde demais! Uma vez numa meditação, o Senhor fazia uma pergunta: Ondes pretendes passar sua eternidade?! No céu, ou no inferno?! Quantas pessoas que estão no mundo, sem se preocupar com a eternidade, porque não conhecem a misericórdia Divina e não tem  temor de Deus.

 O Evangelho é um apelo à nossa conversão, principalmente aqueles que estão preocupados com os prazeres deste mundo. O Evangelho de Domingo passado falava-nos dos filhos do mundo, e dos filhos da luz, e que tomássemos cuidado, e fôssemos espertos, para não perdermos, a salvação eterna. Os prazeres do mundo podem nos encantar, e tornar-nos insensíveis, com um coração empedernido, às carências de nossos próximos, principalmente os pobres margina-lizados pela sociedade. 

 Tornaram-se para a sociedade mundana, como fardos, lixos humanos, e descartáveis num mundo que prega os valores ecológicos. Talvez um ovo de tartaruga, ou uma arara azul, valha mais que uma vida, de um feto humano. Na primeira cena, o Evangelho apresenta o rico e o pobre Lázaro, o  rico na sua vida terrena, só viveu gozando a vida, e não teve compaixão dos pobres, como o mendigo Lázaro. ( Cat 1821 Esperança e glória dos céus )

 Seu nome, e dos seus cinco irmãos dissolutos são omitido, pois representa todos aqueles que neste mundo consumista, se preocupa com seu egocentrismo, e de um pluralismo que só fica na conversa fiada, e não se compadecem dos pobres. Milhões  de gente sofrem injustiça e perseguições, e morrem de fome no mundo, por causa dos gananciosos do poder. Um dia os epulões prestarão  contas ao criador!

  A parábola nos conta, que o pobre Lázaro todo chagado e doente, ficava sentado a porta do rico, e desejava comer das sobras do seu banquete, mas nem isso, o epulão lhe dava. Aqui a figura do Lázaro prefigura todos aqueles que sofrem por falta de justiça, e são perseguidos pela sociedade desumana. O mundo prega o anti-evangelho, que precisamos gozar a vida, pois a morte será inevitável, comamos e bebamos pois amanhã morreremos, e que depois desta vida, não haverá recompensa ou castigo. ( Lembra-te de teu criador nos dias da sua mocidade.....antes que o pó volte à terra donde veio, e o sopro volte a Deus, que o concedeu. Ecl 12:1.7 )

 Na narração do Evangelho, se inverte as posições, morreu o rico e o pobre. Lázaro foi levado pelos anjos ao céu para o ceio de Deus, e recebeu sua recompensa eterna, quanto o rico foi precipitado no abismo do inferno sua ruína. Este texto do Evangelho de Lucas, da nos entender o enfoque, que o personagem-chave é o rico, que fez o uso das riquezas deste mundo dissoluta-mente  e não granjeou amigos no Reino do céu. ( Lc 16:9 ) 

 Uma vez perguntaram a Jesus, como seremos no Céu, e Ele respondeu, no céu  todos seremos anjos. Isto quer dizer que não teremos um corpo terreno, mas espiritual. Lucas dá animação de vida terrena na alegoria, com um quadro imaginário, o literal geográfico do céu, do inferno, personagens, para levar a mensagem às comunidades cristãs primitivas, acerca da conversão ao Reino do céu. Jesus disse que existe um abismo entre o céu e o inferno, que não se pode passar para-lá e nem para-cá.

 Esta travessia a gente constrói aqui na terra, granjeando amigos, através do amor ao próximo, sem olhar a quem. Esta ponte para o céu se chama Nosso Senhor Jesus Cristo! E claro que podemos tomar todo o texto, e só falarmos das pastorais sociais, dos pobres excluídos, e as lutas pelas causas sociais deste mundo, mas precisamos lembrar que o Reino de Deus, começa aqui e termina no céu, e podemos correr o risco, de só ficarmos aqui neste mundo, e esquecermos da eternidade que nós virá. Por isso a importância do Evangelho da ultima hora de Jesus: Convertei-vós!

 De que valeria uma filosofia, de dar  bens materiais aos pobres, mas eliminar o Transcendeste, e o sacrifício de Cristo da cruz? ( Cat 1013) De que valeria o Evangelho enganoso da prosperidade, e o curandeirismo, à aqueles que não reconhecem o sacrifício único de Cristo na cruz!? O Senhor dirá aos homens naquele terrível e maravilhoso dia: Afastai vos de mim, porque não vos conheço! Pois tive fome e  sede não me destes de comer e beber, tive frio e não me cobriste..........!? ( Mt 25:41-46 )

 Ser rico não e pecado, mas deixar de partilhar com os pobres, é, roubar a Deus e deixar ser condenado ao inferno. ( Cat 2443 )  Deus abençoa aqueles que ajudam os pobres, e reprova aqueles que se afastam deles: "Dá ao que pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado." ( Mt 5:42 )  Jesus Cristo reconhecerá seus eleitos pelo que tiverem feito pelos pobres. "Pensemos no tempo e na eternidade". O Tempo de conversão e mudança de vida é agora, pois a eternidade não tardará. Amém!

Jesus é o Senhor.

 













domingo, 15 de setembro de 2013

EVANGELHO SÃO LUCAS 16:1-13 25° DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C 2013 ANO DA FÉ



                  A PARÁBOLA DO ADMINISTRADOR
                                  OS FILHOS DA LUZ




  
1 Naquele tempo Jesus contou uma parábola aos seus discípulos: Um homem rico tinha um administrador. Chegaram-lhe queixas de que estava esbanjando seus bens. 3 Chamou-o e disse: O que é isso que me contam de ti? Presta-me conta de tua administração, pois não poderás continuar no cargo. 3 O administrador pensou: O que vou fazer, agora que o patrão me tira o cargo? Não tenho forças para cavar; pedir esmolas me dá vergonha. 4 Já sei o que vou fazer para que, quando me despedirem, alguém me receba em casa. 5 Foi chamando um por um, os devedores de seu patrão, e disse ao primeiro: Quanto deves ao patrão? 6 Ele respondeu: Cem barris de azeite. Disse-lhe: Pega o teu recibo, senta-ta rápido, e escreve cinquenta. 7 Ao segundo disse: E tu quanto deves? Respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe: Pega teu recibo e escreve oitenta. 8 O patrão levou o administrador desonesto pela astúcia com que havia agido. Pois os cidadãos deste mundo são mais astutos com seus colegas do que os cidadãos da luz. 9 Eu vos digo que com o dinheiro sujo ganheis amigos, de modo que, quando acabar, eles vos receba na morada eterna. 10 Aquele que é confiável no muito; quem é desonesto no pouco, é desonesto no muito. 11 Pois, se com o dinheiro sujo não fostes confiáveis, quem vos confiará o legítimo? 12 Se no alheio não fostes confiáveis, quem vos confiará o vosso? 13 Um empregado não pode estar a  serviço de dois patrões: Pois odiará um e amará o outro, ou apreciará um e desprezará o outro. Não podeis estar  serviço de Deus e do dinheiro.

Palavra da salvação!
Glória vós Senhor.

  Nos estamos diante do Evangelho de São Lucas, e hoje o Senhor nos fala dos filhos do mundo, e os filhos da luz. Nosso Senhor nós fala do Reino de Deus, contando nos uma parábola para entendermos, a escolha que  devemos fazer com inteligência. Os filhos da luz e do mundo, tem livre arbítrio para fazer suas escolhas,  ela é radical e urgente para os filhos do Reino. 

  A salvação da vida eterna está em jogo, e não podemos  confiar na sorte, pois as coisas terrenas passarão, e virão as celestiais. Nosso Senhor elogiou a astúcia do administrador esperto que agiu segundo a lógica do mundo, para nos ensinar a lógica da urgência do Reino de Deus. Sejamos espertos também com as coisas do Reino, como o administrador corrupto que não dormiu no ponto, correu atrás do seu prejuízo materialista. 

  Jesus nesta parábola elogia o mau administrador, não porque ele é corrupto, mas pela sagacidade que  ele tem em defender seu subfaturamento, enquanto os filhos da luz não defendem os tesouros espirituais do Reino. Os filhos da luz muitas vezes, diante de um alarme de uma doença, correm atrás de médicos para se curarem, mas no plano espiritual deixa que as doenças espirituais da alma se desenvolva, não tem a esperteza de buscar um confessor, para o ganho da vida eterna. 

 Quantas vezes acontecem entre nos cristãos, não chamamos o sacerdote a uma cabeceira da cama de um moribundo, e nem avisa este sobre a gravidade de se perder a salvação eterna, por medo de assusta-lo, ou porque não confiamos na misericórdia de Deus, e com isso perdemos a oportunidade de ser testemunho do verdadeiro Evangelho. (   Frei Raniero Cantalamessa )

 Qual barco cheio de tesouros, que ameaçado por uma tempestade terrível em alto mar, e os ocupantes sem pensarem na riquezas conquistada com tantas lutas no mundo, jogam todos os tesouros no mar para aliviar o peso da nau, e se salvarem da morte? É isso que Jesus quer falar para nós da esperteza que temos de ser, em comparação com os filhos espertos do mundo. 

  De que adianta o homem vir a ganhar o mundo inteiro se vier a perder sua alma! Mc 8: 34-38; Mt 16:24-26 ) Os filhos espertos da luz, correm atrás do tesouros do céu, e devem estar sempre atentos aos sinais de discernimento. No sermão da montanha o Senhor disse: Vós sois luz do mundo, e sal da terra! ( Mt 5:13-14 )

 Quantos homens e mulheres que deixaram tudo por causa do Evangelho, se apaixonaram pelo Reino. A parábola deste Evangelho pode soar estranha aos nossos ouvidos,  e difícil de  se entender, mas olhando-a sob a luz do Espírito Santo, vamos percebendo onde Jesus quer nos exortar. Deus nós criou para o céu,  e não para a perdição eterna. 

 A mensagem gira em torno dos bens deste mundo, é eles só servem para garantir a vida neste mundo, mas não serão alicerces para a vida eterna. A não ser, que seja usados em prol dos pobres e oprimidos da sociedade, e de homens e mulheres de Deus, que saiba usa-lo. Quando alguém tem muito, é porque falta para o outro que não tem nada.

  Pois o mundo em que vivemos decidiu, que o dinheiro e o poder é, o seu deus fundamental, o resto não tem importância, a miséria e a fome não tem importância, o importante é sempre ter mais. Tudo o que temos neste mundo, é dom de Deus, e nos somos os administradores dos bens terrenos, que Deus colocou em nossas mãos,  mais cedo ou mais tarde, prestaremos contas ao criador.

 O profeta Amós denuncia os enriquecimentos ilícitos, os truques conhecidos do mundo que não passarão despercebidos da justiça divina. ( Am 8:4 )O ser humano, é o topo da criação, por isso prestará contas a Deus pela administração das coisas deste mundo, e também de sua alma.

 Na parábola o administrador é esperto, e claramente busca cúmplice, sua consciência é suja, e também não se preocupa se em defender-se, e quer alienar mais pessoas consigo, para fortalecer-se seu egoismo sórdido e mundano, faz lembrar dos corruptos deste País. Neste seculo os homens de negócios, conhecem maneiras corruptas sem éticas para garantir seus lucros.

 O mundo pouco se importa, com os necessitados, e os meios desonestos justificam se o fim alcançado. Jesus tira lições de vida para seus discípulos, nessa estranha comparação, quer colocar na mente dos discípulos, esta mesma disposição que o mundo tem em relação com os bens terrenos, e os bens eternos do Reino.

 Não podemos servir dois senhores, ou servimos a Deus ou ao dinheiro, Deus não pode ser substituído. Deixemos, pois as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. ( Rm 13:11-14)

 Jesus ao fazer a comparação dos filhos do mundo e os filhos da luz, está querendo incutir em nós, que os bens espirituais precisam ser bem administrados por nós, e usarmos de todos os meios, para que os dons do Espírito Santo sejam multiplicados, pelo bem comum daqueles que não conhecem a luz do Evangelho. 

 Os dons Espirituais são talentos recebido da luz como presente para os filhos de Deus. ( Eclo 31: 5-8 ) Os bens deste mundo são infinitamente, pequenos em comparação com os do Reino do céu!
Assim como os homens egoístas corruptos neste mundo se preocupam, com os bens que são passageiros, e fazem de tudo com esperteza de lucros para  ter mais ao seu favor, e até enfrentam riscos jurídicos com otimismo. 

 Também os filhos do Reino do céu deverão saber administrar os bens deste mundo, e os dons Espirituais, com esperteza, para que satanás não joeire a salvação, dos pobres necessitados, margina-lizados pela sociedade hipócrita. O próprio Deus Pai das luzes, é o patrão defraudado, que nos receberá na morada celeste. Quem compadece dos pobres, emprestam a Deus! ( Pr 19:17; Eclo 40:28-30 )

 Neste Evangelho fica para nos Cristãos filhos da luz, trés orientações: O dinheiro em favor dos pobres necessitados da igreja visível que sofre; e tudo o que fizermos tem que ser com honestidade. Ser fiel e honesto no pouco e no muito! 

 E por fim; e que as riquezas, podem atrapalhar nossa relação com Deus, fazendo nos correr o risco, de transformar os bens materiais, em ídolos. Está aqui o que Nosso Senhor quer dizer para nós, para sermos espertos em relação as riquezas do mundo, quando sentirmos que corremos o perigo, de perder a graça de Deus, que é o maior de todos os tesouros.

 Jesus disse: Buscai primeiro o Reino de Deus e o resto virá por acréscimo. Esta é a lógica  para os filhos espertos da luz, que querem ir para o céu! Lembremos nos do imperativo da hora; aquela hora proclamada por Jesus é sempre atual; "esta é a hora"!? Convertei-vós, crede no Evangelho, escolhei a quem quer servir, como único Senhor da nossa vida. Jesus é o Senhor!

 Irmãos! Nós somos filhos da luz, por isso caminhemos na luz, peçamos ao Espirito Santo que nos ilumine nossos passos com sua luz, e que todos os dias nos batize no seu Espírito mais uma vez, para que sejamos testemunhos vivos do Reino de Deus! Vamos buscar os valores mais duradouros, que pode ser o amor ao próximo, a começar pelo perdão das dívidas, assim como rezamos no Pai Nosso. Pai das luzes, perdoai nossas dívidas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendidos, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos, de todo  mal, amém! ( Mt 6:24-34 ) 

Jesus é o Senhor!















domingo, 8 de setembro de 2013

EVANGELHO SÃO LUCAS 15:1-32 24° DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C 2013 ANO DA FÉ



                    DEUS É AMOR E MISERICÓRDIA
                  


 1 Naquele tempo todos os coletores e pecadores se aproximavam de Jesus para ouvir. 2 Os fariseus murmuravam: Este recebe pecadores e come com eles. 3 Ele respondeu com a seguinte parábola: 4 Se algum de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as ola:noventa e nove no deserto e vai atrás da extraviada até encontra-lá? 5 Sim ao encontra-lá, a coloca nos ombros contente, 6 vai para casa, chama amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai vós comigo, porque encontrei a ovelha perdida. 7 Eu vós digo que da mesma forma haverá no céu mais festa, por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se.
O FILHO PRÓDIGO
 8 Se uma mulher tem dez dracmas e perde uma, não acende uma lamparina, varre a casa e procura diligentemente até encontra-lá? 9 Ao encontra-lá, chama as amigas e vizinhas e lhes diz: Alegrai-vós comigo, porque encontrei a dracma perdida. 10 Eu vos digo que da mesma forma se alegrarão os anjos de Deus por um pecador que se arrepende. 11 Acrescentou: Um homem tinha dois filhos. 12 O menor disse ao pai: Dá a parte da fortuna que me cabe. Ele repartiu os bens entres eles. 13 Em poucos dia o filho menor reuniu tudo e emigrou para um país distante, onde esbanjou sua fortuna vivendo como um libertino. 14 Quando gastou tudo, sobreveio grave carestia naquele país, e ele começou a passar necessidade. 15 Foi e se comprometeu com um fazendeiro do país, que o enviou a seus campos para cuidar de porcos. 16 Desejava encher o estômago com os frutos da azinheira que os porcos comiam, mas ninguém lhe permitia. 17 Então caindo em si, pensou: A quantos diaristas de meu pai sobra pão, enquanto morro de fome. 18 Voltarei a casa de meu pai e lhe direi: Pequei contra Deus e te ofendi; 19 já não mereço chamar-me teu filho. Trata-me como um de teus diaristas .  20 E se pós a caminho da casa de seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o avistou e se comoveu. Correndo, lançou-se ao seu pescoço e o beijou. 21 O filho lhe disse: Pai, pequei contra Deus e te ofendi. Já não mereço chamar-me teu filho. 22 Mas o pai disse aos servos: Rápido, trazei a melhor veste e vesti-o; colocai lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. 23 Trazei o bezerro cevado e matai-o. Celebremos um banquete. 24 Porque este meu filho estava morto e reviveu. Tinha-se perdido e foi encontrado. E começaram a festa. 25 O filho maior estava no campo. Quando se aproximava de casa, ouviu músicas e danças, 26 e chamou um dos criados para informar-se do que estava acontecendo. 27 Respondeu-lhe: É que veio teu irmão, e teu pai matou o bezerro cevado, pois o recuperou são e salvo. 28 Irritado, ele negava entrar. Seu pai saiu para exortá-lo. 29 Mas ele respondeu ao seu pai: Vê: Há tantos anos eu te sirvo, sem desobedecer a uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para  eu comer com meus amigos.  30 Porem, quando chegou este teu filho, que devorou tua fortuna, com prostitutas, matastes para ele um bezerro cevado. 31 Respondeu-lhe: Filho, tu estás sempre comigo, e tudo que é meu e teu. 32 Era necessário fazer festa, porque este teu irmão estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi encontrado.

Palavra da Salvação!

Glória vós Senhor.

O Evangelho deste Domingo, traz nos três parábolas do Reino de Deus. O reino do céu não e feito de reinado politico ou terreno, mas do governo de Deus criador de todas as coisas, cuja sede é no céu. A grande mensagem  das três parábolas do Evangelho para este Domingo é: Deus é misericórdia e amor, e está sempre pronto para perdoar o pecador arrependido, redimido, desejoso  de voltar ao primeiro amor. O primeiro amor a gente nunca se esquece, este sentimento é dom de Deus, que Ele incutiu no ser humano, uma essência espiritual, da mais pura que residem em todos os homens, a respeito das coisas espirituais.  

O ser humano foi criado por Deus, para a vida eterna, embora pecador miserável neste mundo, nunca está tranquilo, quantas as coisas terrenas, seu olhar sempre estará voltado para o alto, pois sabe que o ciclo de vida e eminente. O homem é por natureza e vocação, um ser religioso. Porque provém de Deus e para Ele caminha, o homem só vive uma vida plenamente humana se viver livremente sua relação com Deus. ( Cat 44)

 Interiormente, espiritualmente o homem quer voltar para de onde veio, o colo, e o abraço de Deus Pai, onde anteriormente antes da queda, era feliz.  O midraxe Judaico diz que os animais olham para o chão porque são deste mundo terreno, o ser humano voltado para Deus, olha para o alto porque foram criados para o alto, são filhos do alto!

O Evangelho narra que naquele tempo, Nosso Senhor estava rodeado de cobradores de impostos, pessoas margina-lizadas pela sociedade, e os fariseus  criticavam Nosso Senhor,  por acolher este povo. A familiaridade de Jesus com os pecadores chocava-se com a ortodoxia religiosa Judaica. Este Evangelho Lucas dirige as comunidades das igrejas cristãs primitivas, que eram censuradas pelas ortodoxia Judaicas, por acolher os pobres e margina-lizados. 

Jesus neste Evangelho está nos dizendo que Deus  quando olha para nós, Ele nos vê todos como filhos de Deus sem distinção. É verdade que e preciso que a doutrina cristã seja seguida fielmente, conforme os ensinamentos Apostólicos, mas é preciso  também abrir as portas do Reino aos excluídos e mostrar-lhes o Cristo, senão não e religião.

Por isso São Lucas expressa neste Evangelho, dirigindo as comunidades cristãs, que Deus é amor e misericórdia. Então Jesus lançou a primeira parábola: Se um pastor tem cem ovelhas e perde uma, não deixará as noventa e nove no deserto, para ir em busca da ovelha perdida? Esta parábola mostra a preocupação de Deus pela salvação dos pecadores. Jesus é  a Divina Misericórdia de Deus Pai!

A ovelha extraviada é a própria humanidade caída na miséria do pecado, longe do reconhecimento da sua própria miséria, e não conhecem a misericórdia de Deus. Jesus se esforça em acolher os pobres e margina-lizados, anunciando o projeto de amor do Pai. Ele é o próprio "Bom Pastor" que dá a vida pelas suas ovelhas, e quer descer no precipício das profundezas da nossa alma, e resgatar o que é de mais belo e precioso em nós, "o nosso espírito!" Deus tem nos amado desde toda a eternidade, e por isso não poupou seu filho único, e Ele nos resgatou da morte eterna. ( Jr 31:3 )

Ele quer resgatar toda humanidade pecadora, que não conhecem a misericórdia de Deus. E preciso anunciar a eles as perspectivas da salvação da vida eterna. O pecador por mais pecador que seja, se arrepender de seus pecados, Deus o perdoará! E foi isso mesmo que Ele fez, deixou sua glória eterna, vindo a este mundo, como Misericórdia Divina para nos salvar da morte eterna. Deus é eternamente amor! A segunda parábola nos fala do tesouro da misericórdia, que se por um deslize  recairmos no pecado, devemos lutar com todo esforço para ter esse tesouro novamente, sob o nosso domínio. Esse tesouro é a amizade de Deus Pai!

 No tempo de Jesus as jovens para ter bons pretendentes para se casar, usavam como colar moedas  de dracmas demostrando o valor de seus dotes. Por isso a aflição da moça procurando a moeda perdida, varre a casa até encontra-la. E faz festa, com suas amigas e vizinhas: Encontrei a moeda perdida, que faltava no  dote de meu casamento, vou guarda-la  com carinho à espera da grande festa do meu noivado; festeja a jovem nubente olhando para seu futuro.

 Jesus nesta parábola nos ensina que a salvação da vida eterna é um grande bem, uma grande graça que o Pai do céu nós dá para nosso futuro eterno, qual devemos cuidar para não a perdermos. Se por infelicidade acontecer de perder esse bem, lembre se que o Pai do céu é infinitamente cheio de misericórdia para nós perdoar qualquer pecado que seja, e nos receber de braços abertos.

 E haverá festa no céu, por um só pecador arrependido. Uma outra comparação podemos fazer: O dracma perdido pode ser também, a nossa alma caída no pecado, no fundo do poço das nossas misérias humanas, e a Misericórdia Divina procura, vasculha as almas perdidas, e ao ser encontrada, é resgatada acolhida pela benevolência divina.  Se faz festa no céu por um só pecador arrependido, porque Deus é amor! ( Lc 19:10 )

A terceira parábola é para selar em nós, como Deus é misericordioso para conosco, mesmo na miséria do nosso pecado, mesmo com tantas ingratidões, infidelidades e transgressões de nossa parte, Ele não desiste de nós! O filho pródigo somos todos nós que não reconhece a graça de Deus, e preferem as mundanices do mundo. Deus não é vingativo e nem furioso a querer nos punir, Ele é misericórdia e sempre  paciente-mente a espera da volta do filho arrependido.


 O filho arrependido caiu em si, e disse consigo, voltar-me-ei ao meu pai, pois lá existe abundância, e aqui só tenho as lavagens dos porcos para me contentar. Entrou se em si, dos erros que cometeu contra seu pai, e decidiu voltar para casa e pedir perdão. Esse é o primeiro passo que temos de dar, contra o pecado, contra o auto domínio egocêntrico que pode instalar dentro de nós. Não podemos agir como o filho mais velho ciumento da parábola, que se preocupa em uma ortodoxia radical egoísta, de excluir os pobres sedentos do amor de Deus. E muitas vezes nós cristãos agimos dessa maneira, não temos misericórdia e não amamos o nosso próximo. Vamos correr para o abraço do Pai e lhe dizer: Pai de amor sou um pecador tem misericórdia de mim! Amém!

Oração final:


Senhor, que viestes, não para condenar,mas para perdoar, tende piedade de nós!

Cristo, que vos alegrais pelo pecador arrependido, tende piedade de nós.
Senhor, que muito perdoais a quem muito ama, tende piedade de nós.
Deus todo-poderoso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nós conduza à vida eterna.
Amém!

JESUS É O SENHOR!


























domingo, 1 de setembro de 2013

EVANGELHO SÃO LUCAS 14: 25-33 23° DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C 2013 ANO DA FÉ



                  O DISCÍPULO VOCACIONADO


   25 Naquele tempo seguia Jesus uma grande multidão. Ele voltou e lhes disse: 26 Se alguém vem a mim e não põe em segundo lugar seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo. 28 Se um de vós pretende construir uma torre, não senta primeiro para calcular os gastos e ver se tem com que terminá-lá? 29 Não aconteça que, tendo lançados os alicerces e não podendo completá-lá, todos os que vêem ponham-se a caçoar dele, 30 dizendo: Este começou a construir e não pode concluir. 31 Se um rei vai travar batalha co outro, não se senta primeiro para avaliar se poderá resistir com dez mil a quem vem ataca-ló com vinte mil? 32 Se não pode, quando o outro ainda está longe, envia lhe uma delegação para pedir-lhe a paz. 33 Assim é para qualquer de vós: Quem não renunciar a seus bens, não pode ser meu discípulo. 34 O sal é bom; se o sal se torna insosso, com que o temperarão? Não serve nem para o campo nem a esterqueira; deve ser jogado fora. Quem tiver ouvidos para ouvir, escute.

Palavra da salvação!
Glória vós Senhor.

 No Evangelho de Domingo passado Nosso Senhor falou do banquete, dos pobres estropiados, dos cegos e coxos que serão pela misericórdia de Deus, os preferidos do Reino. Hoje Ele fala-nos, da vocação do verdadeiro discípulo, e das exigências para aqueles que entram para o banquete, do Reino de Deus.

 Quando falamos do banquete do Reino, estamos falando da felicidade  da vida eterna, e da Ressurreição de todos aqueles, que fizerem opção pelas coisas do alto. Jesus é a nossa esperança e confiança, pelo seu coração misericórdioso entraremos no céu como uma porta aberta amem!

 São três exigência que o Senhor impõem para segui-lo, não é um caminho de facilidade, mas de renuncia: A primeira é deixar o aconchego familiar, que não é fácil. A segunda é renunciar a própria vida, "tomar a própria cruz," pois o discípulo não pode viver, e fazer opção egoístas no caminho para o Reino. 

A terceira é a renuncia aos bens, que pode nos escravizar, e nós, transforma-los em ídolos. O discípulo que não renunciar tudo isso não é digno de seguir o Senhor! Aquele que quiser seguir-me tome sua cruz e venha após mim disse o Senhor Jesus! ( Lc 9:23; Mt 16:13-26 )

Jesus está indo para Jerusalém.  Lucas em todos os textos  do seu Evangelho, menciona pelo menos uma dez vezes, que Jesus está caminhando para jerusalém. Porque...? Porque lá em Jerusalém se dará o desfecho final, da sua missão salvífica! Deus será glorificado com seu martírio salvífico, por toda a humanidade pecadora!? 

Enquanto Jesus caminha, como peregrino itinerante, vai conquistando adeptos vocacionados, querendo segui-ló! Uma vez alguém disse: Senhor onde fores eu irei também! E o Senhor respondeu: As raposas têm suas tocas, as aves seus ninhos, mas o filho do homem não têm onde encostar a cabeça. ( Mt 8:19-22 )

 Outro disse: vou contigo, mas deixa enterrar meu pai, e Jesus disse: Segue me!  Deixe que os mortos enterrem seus mortos. Isso quer dizer, que seguir o Cristo tem suas renuncias, e as vezes até as do mais sagrado, que seria sepultar uma pessoa querida. Existem condições para segui-lo, e muitas vezes os vínculos familiares podem interferir no chamado de Jesus. 

Nosso Senhor quando diz que a família não pode atrapalhar o chamado vocacional, não podemos interpretar no literal o texto. Pois a família é benção de Deus, feliz e abençoada, a família que no seu ágape, gerar espiritualmente sacerdotes, ou religiosos para Deus. A família de Eliseu fez uma grande festa, com a vocação de profeta do seu filho, quando Deus despertou nele, o chamado a ser discípulo do profeta Elias,  e fez um banquete de despedida, com as carnes das juntas de bois. ( 1 Rs 19:19-21 )

Quem segue o Cristo crucificado, será também perseguido, porque o inimigo da nossa salvação não quer que Jesus Cristo seja o Senhor! Isso vale também para nós, que proclamamos seguidores do Senhor, não podemos desistir das investidas do inimigo da nossa salvação. Pois quando dizemos seguidores do Cristo crucificado, entramos num terreno espiritual, e neste terreno espiritual, que se manifesta as hostes infernais, para tentar, desencorajar os preferidos do Senhor.

 Podemos ver nos testemunhos dos homens santos, e mulheres santas, que fizeram opção pelo Reino, e quanta provação passaram, por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É neste momento que o verdadeiro discípulo, do Cristo crucificado, bota os joelhos no chão, e ora à  Deus pedindo: Senhor não me abandones!? São Paulo orou ao Senhor, pedindo-lhe tirar, o espinho que o atormentava sua carne, é o Senhor disse: Paulo basta-lhe minha graça! ( 2 Cor 12:7-10 )

 As duas parábolas do Evangelho, insistem no conhecimento das condições, e plena consciência da decisão, de seguir as pegadas do Mestre. É por isso que, os vocacionados a vida sacerdotal ou religiosa, são enviados as vezes de volta a casa  familiar, por um tempo para amadurecerem a decisão da vocação. É isso que Jesus fala para nós: E preciso examinar sob a luz do Espírito Santo a nossa vocação. 

 Os discípulos no Evangelho de Lucas ( Lc 17:5 ) pedem ao Senhor que lhes aumentem a fé. Pois para ser evangelizador precisa ter um encontro pessoal com o Espírito Santo de Jesus, sem essa graça do Espírito Santo, não podemos ser um bom discípulo vocacionado, é como malhar em ferro frio, não convenceremos, ninguém. Somente o Espírito Santo pode nos ajudar, na vida missionária. Na dor e na alegria este Deus de amor, está constantemente conosco, pois somos templos do Espírito de Deus.

 Isto vale também para nós  leigos, que se lançam nas pastorais comunitárias. Seguir os caminhos de Jesus neste mundo não tem nada a ganhar, o ganho está no Reino bendito do Pai. Jesus não quer enganar seus seguidores e deixa bem claro que precisamos ter alicerce: Quem é o alicerce...?! É o próprio Cristo Ressuscitado,  Ele é o nosso alicerce!  Ele é o caminho, a verdade e a vida! É isso que o discípulo apaixonado pelo Cristo, tem que proclamar ao mundo que não conhecem Deus!

 A primeira exigência  as vezes e sustentar, o desejo ardoroso da vocação, de dar a vida pelo Reino do Senhor, até mesmo ter que romper com os laços familiares que muitas vezes não querem compreender a causa de tanto amor por Jesus.  Jesus disse: Aquele que não deixar o pai ou a mãe, por causa dele não e digno de segui-lo, e a consequência será a perseguição por causa do testemunho da palavra, com calunias, indiferenças, e até mesmo morte, por causa de Jesus Crucificado. ( Mt 10:37-38 )

Todos os vocacionados devem estar cientes das dificuldades, desse seguimento, e dos compromissos com o rebanho que o Senhor lhe colocar sob sua responsabilidade, para anunciar a palavra de Deus. Os que forem suficiente fortes poderão enfrentar as condições para seguir o caminho do Cristo crucificado. Os sacrifícios e sofrimentos para o missionário serão alegrias por causa de Jesus e Seu Reino de Amor. ( Mt 10:16. 22 )  Fica aqui uma pergunta para cada um de nos! Qual minha vocação rumo ao Reino do céu? Jesus no Evangelho está  a caminho de Jerusalém para beber do cálix amargo. E  você para onde vais? Amém!

Oração final:
Espírito Santo que predispõe para a renuncia, torna-me apto para o discipulado, liberta-me das coisas mundanas materialistas e, fortalece o meu coração para que eu seja digno do chamado do Senhor Jesus. Eis me aqui Senhor!.. Faça em mim a sua vontade! Gera em mim Espírito Santo, uma verdadeira vocação, pelas coisas sagradas do teu altar. Te amo Jesus! Amém.

Jesus é o Senhor!