domingo, 3 de julho de 2016

EVANGELHO SÃO LUCAS 10,25-37; 15º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" 2016 ANO DA MISERICÓRDIA Cor verde -- Leituras: 1ª Dt 30,10-14 ; Sl 18b:" Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração"; 2ª Cl 1,15-20 -- Liturgia p/10/07/2016


                       O BOM SAMARITANO!
                  



Naquele tempo, 25um mestre da lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: "Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?"26Jesus lhe disse: “ O que está escrito na lei?” “Como lês?”27 Ele então respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o coração e com toda a sua alma, com toda a tua força e com toda a sua iinteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” Jesus lhe disse: 28“Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele porém querendo justificar-se, disse a Jesus: “Quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “ Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu na mão de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora, deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho.  Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um Levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um Samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as a o dono da pensão, recomendando: Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais”. E Jesus perguntou: 36Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.

 Palavra da salvação.
 Glória vós, Senhor! 








 Queridos irmãozinhos povo de Deus, estamos diante do Evangelho de São Lucas 10,25-37; 15º Domingo do Tempo Comum; a belíssima liturgia, nos convida abraçarmos a Boa Nova, através de nossos gestos fraternos, amando nosso próximo com a palavra de Deus, nos lábios e também no coração. O Evangelho deste Domingo nos trás uma profunda reflexão, a do bom Samaritano. Quem é o Bom Samaritano do Evangelho? É o próprio Senhor, Pai das misericórdias!” 

Verdade é, que, estamos neste mundo, como peregrinos; nosso rumo, nossa meta é o céu, mas podemos correr riscos, de afastarmos do  verdadeiro caminho; o verdadeiro sentido, que nos leva ao Pai. Isto é, devido as más inclinações humanas, as satisfações que temos pelos prazeres do mundo; mundo paganizado, devido o pecado, porque somos pecadores! 

Quando afastamos da graça de Deus, ficamos impotentes, vulneráveis, acostumados com o pecado. Para onde ele pode nos levar não se importa, vamos ficando só para esta vida, acomodados, sem importar com a vida futura eterna.

Estar vulnerável ao pecado, como dissemos acima é   deixarmos, sermos assaltados, no cotidiano do dia a dia, levando uma vida desregrada, pela tentação do inimigo de nossa salvação. Satanás não quer que Jesus seja Senhor de nada! Senhor da nossa vida, Senhor de nossas famílias,  e Senhor de nossa salvação!

Por isso precisamos estar sempre vigilantes, como rezamos na oração do Pai Nosso; peçamos sem cessar, ao Bom Jesus o bom Samaritano, que nos defenda dos ataques dos inimigos de nossa salvação, que o Espírito Santo de Deus, nos defenda de perdermos nossa fé, mesmo na dor ou no sofrimento ou na alegria. O nosso corpo é templo do Espírito Santo, "Somos  imagem e semelhança de Deus". (Gn 1,27)
         


Oremos assim: “Senhor Jesus cura as chagas do nosso coração, defenda-nos de todo o mal! Senhor Jesus meu Bom Samaritano, me acolhe, cura nossas feridas, as mais intimas do  nosso corpo e da nossa alma. Amém! 

Perguntou-se muitas vezes, se o relato do “Bom Samaritano” é uma parábola verdadeira, isto é, se Jesus aproveita um fato realmente acontecido, ao longo do caminho de Jerusalém para Jericó, ou se Ele inventa uma cena como faz de hábito quando conta uma parábola.

A resposta que a tradição cristã deu a esta pergunta, tirando-a do conjunto do Novo Testamento; é que por trás da parábola do Bom Samaritano há, realmente, um fato acontecido. 


Mas não é um episódio qualquer, como seria de um roubo acontecido, ao longo da estrada de Jerusalém a Jericó, trajetos conhecidos e muito comum por assaltos de bandidos naquele tempo, mas uma história “ampla”, grande como o mundo: a história da nossa humanidade.

 Não é de se estranhar, que em pleno século XXI, ainda existe esses acontecimentos, crimes nas nossas ruas,  nas estradas, nas nossas grandes metrópoles, periferias, o meio ambiente e o homem do campo. São os sinais dos fins tempos,  parece-nos que o futuro não é otimista.

 É mundo do capitalismo, a corrupção, o descartes humano, onde só  se interessa, o poder do ter o do prazer, as pessoas assassinadas, assaltadas, jogadas nas calçadas, feridas, doentes sem tetos, desprezadas marginalizadas, pessoas fugindo das guerras; passamos por elas insensivelmente, não as vemos, e não estamos nem ai.

 A parábola do Bom Samaritano nos fala da falsa religiosidade, daqueles que não vivem, o que pregam. Uma das primeiras interpretações dos padres da Igreja soa assim:“O homem que descia é Adão, Jerusalém é o paraíso, Jericó o mundo; os ladrões são os poderes inimigos, o Sacerdote é a lei, o Levita são os profetas, o Samaritano é Cristo; as feridas são a desobediência".





 "O jumento, o corpo de Cristo; a hospedaria que acolhe a todos os que querem entrar é a Igreja; os dois denários são o Pai e o Filho; o dono da hospedagem é o pastor da igreja a quem é confiada a cura; fato de que o Samaritano promete voltar lembra a segunda vinda gloriosa de Cristo Salvador". (Orígenes, Hom. In Lc.34)

 Na parábola do Bom samaritano, Jesus apresenta exigências fundamentais do bom cristão que ama verdadeiramente a Deus com temor: “Amar ao próximo como a si mesmo”, porque o meu próximo é a imagem de Deus. Quem é o meu próximo? Se não respeito o meu semelhante sou um mentiroso. (1 Jo 4,20) 

“Nosso querido Papa Francisco em sua exortação à Igreja, fala-nos da dinâmica do bom Samaritano, foi de usar de misericórdia para com o próximo, aproximou-se do ferido, curou suas feridas, levou-o  a uma pousada, ficou com ele e prometeu ao dono da pensão voltar e pagar o que tivesse gasto a mais. 

 Francisco continua: “Esta dinâmica da Misericórdia, encadeia um pequeno gesto noutro e, sem ofender nenhuma fragilidade, vai se alargando aos poucos na ajuda e no amor!”  

“Cada um de nós, contemplando a própria vida com o olhar bom de Deus, pode fazer um exercício de memória descobrindo como o senhor usou de misericórdia para conosco, como foi muito mais misericordioso do pensávamos, e assim encorajar-nos a pedir-lhe que faça um pequeno passo mais, que se mostre muito mais misericordioso no futuro”. ( Homilia do Papa Francisco na Missa Crismal 5ª Feira Santa - 24/03/2016 as 14:38) 




Salmodiemos com alegria: “Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia!” ( Sl 85/84,8) Para todos nós, isso significa: “Eu sou o próximo de quem encontro no meu caminho, sou chamado a ser solidário com ele, a me tornar próximo dele. 
             
                    
O Bom Samaritano para nós é o próprio Deus, que no seu amor infinito por nós, comiserou-se, abdicou-se de sua realeza eterna, aproximou-se de nós através de seu Filho, que deu sua vida, para que tivéssemos a vida eterna. (Lc 10,37) 

Não vamos escolher os nossos próximos, seremos próximos de quem encontramos. Hoje o Bom Samaritano nos ensina: “Deus nos colocou perto deles para os tratarmos com o mesmo amor gratuito incondicional que Ele nos dedica”. O amor é o caminho da nossa salvação! Amém!             

Jesus é o Senhor!

TEXTO ELABORADO DAS HOMILIAS DE RANIERO CANTALAMESSA, "O VERBO SE FAZ CARNE", Pg 837-839 - EVANGELHO SÃO LUCAS 10,25-37 ANO "C" -- "DEUS CONOSCO  dia a dia" Pg54-56 , EVANGELHO SÃO LUCAS 10,25-37 ANO "C" 2016 . "BÍBLIA AVE MARIA."  Joseinacioh.blogspot.com
 





Nenhum comentário:

Postar um comentário