domingo, 10 de julho de 2016

EVANGELHO SÃO LUCAS 10,38-42 16º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" Cor verde - 2016 - ANO DA MISERICÓRDIA - 1ª Leitura Gn 18,1-10a; Sl 14; 2ª Cl 1,24-28 -- Litúrgia p/17/07/2016



A MELHOR PARTE NÃO SERÁ TIRADA! Lc 10,38­-42 
                         
 
  



Naquele tempo, 38 Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu­o  em  sua  casa.  39  Sua  irmã,  chamada  Maria  sentou­se  aos  pés  o Senhor, e escutava a sua palavra. 40 Marta porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou­se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Mande que ela me venha ajudar!” 41 O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42 Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.

 Palavra da Salvação.
 Glória a vós, Senhor!



Querido povo de Deus, hoje a Igreja celebra o 16º Domingo do Tempo Comum, Nosso Senhor está visitando seus amigos em Betânia, a família de Lázaro, Marta e Maria.

 Jesus quando ia a Jerusalém, gostava de ficar na casa dos três irmãos, pois o aconchego amigo, distava de Jerusalém, uns três quilômetros. A beleza do Evangelho deste Domingo, nos fala da hospitalidade. 

Como nós comportaríamos, se o Senhor pedisse hospitalidade em nossa casa? Como receberíamos tão divina e ilustre visita?  Qual é a hospitalidade que podemos oferecer ao divino Mestre?  A nossa casa de hospitalidade, para o senhor é o nosso coração. 

Jesus vem nos visitar constantemente, mas  precisamos ter  um coração  contrito, arrependido  de  nossos pecados. O Senhor Jesus disse: Eis que bato a porta, se alguém abrir entrarei e cearei com ele. (Ap 3,20) O nosso coração é esta porta..!



 Se tivéssemos de seguir a orientação da liturgia, poderíamos aprofundar muito na teologia da virtude e da hospitalidade.

 Este é o tema único da belíssima liturgia deste 16º Domingo do Tempo Comum. "A oração": "Maria escolheu a melhor parte". 

 Vejam a beleza  litúrgica Católica, nestes dois mil anos de Igreja, a sagrada liturgia é conservada desde os tempos dos Apóstolos e os Patrísticos; ninguém pode mexer ou adulterar a liturgia do sagrado.  

  A primeira leitura, parece que o próprio Deus se apresenta como hóspede, na tenda de Abraão, e a tradição vê nos três anjos a figura da Santíssima Trindade, e, na leitura do Evangelho, Jesus é acolhido como hóspede na casa de Marta e Maria.



  Um  tema  este  da  hospitalidade,  que  em  nossa  sociedade individualista  e anônima, está todo para ser repensado. Nestes "Finais de Tempos", a sociedade tem medo das pessoas, colocam grades nas portas, janelas, alarmes contra assaltos, roubos, câmeras, vigias etc. 

 Temos medo, não confiamos em mais ninguém, até os que batem palmas no portão de nossas casas, desconfiamos, somos reféns do sistema do medo. Pois a maldade esta solta no mundo, nunca se viu  coisas igual.

 Onde  ficou  as  acolhidas?  Temos  medo,  a  partir  do  momento em  que acolhemos alguém estranho em nossas casas, pela nossa legislação, somos responsável por  aquela pessoa.

  Só  podemos  acolher  alguém, quem  deveras  conhecemos,  pela nossas segurança e bem estar de nossas famílias. Mas existem neste mundo, ainda muita gente boa e maravilhosas, quem ainda pode se confiar.

 As escrituras nos ajuda a descobrir em profundidade o que é hospitalidade. Ela não é só um gesto de humanidade, mas um aspecto do mandamento novo de Jesus, acolher as pessoas carentes, isto é, sem olhar a quem. 

A segunda leitura da liturgia de hoje, nos apresenta o Apostolo Paulo, um homem missionário de ação incansável,  que percorria as cidades, pregando o Evangelho do Reino de Deus. 


São Paulo e o Evangelista São Lucas na redação da palavra de Deus!

Escrevia e exortava o povo na fé; ele enfrentou muitas dificuldades, calunias e oposições. Sabemos que deu sua vida pela causa do Evangelho. Seu amor ardoroso pelo Cristo, não o desanimou, foi até o fim. O martírio! 

O que o fazia Paulo feliz, era a sua entrega de vida que levava a sofrer por causa do Evangelho, e sempre solidário e acolhedor aos irmãos da Igreja. 

 Para nós cristãos praticantes, os testemunhos dos primeiros cristãos fieis a Igreja, significa acolher o próprio Cristo, que se identificou com todos os necessitados. 

No episódio dos discípulos de Emaús, Jesus ressuscitado assumiu o aspecto de um peregrino que foi acolhido em casa pelos dois discípulos; significa abrir a própria casa. (Lc 21,13­35)

 A exemplo de misericórdia e  amor solidário: Os países na Europa acolhem os imigrantes fugitivos, das Guerras no Oriente, um modo também de acolher os estrangeiros sem rumo, que precisam de solidariedade. 


IMIGRANTES FUGINDO DA GUERRA

 Voltando-­nos para a mensagem do Evangelho de hoje, Jesus está em Betânia, na casa de Marta e Maria, as irmãs de Lázaro. Vejam a beleza dessa família, as donas de casa, que recebem o Cristo em sua casa. 

Uma está preocupada no servir, os afazeres domésticos, o bem estar da visita tão importante que chegou; a outra está assídua a escutar as novas do Reino de Deus, que o Senhor trás.

 Qual é o melhor, servir ou escutar?!  Olhando nossa realidade cristã e missionária, é claro que a Igreja precisa de Homens, mulheres, e jovens voluntários, que arregacem as mangas e tenham o zelo acolhedor, cuidar  do  bem  comum uns dos outros, oos irmãozinhs  nas  comunidades. 

 Sem  este  esforço  gentil  e acolhedor, o que seria de nossas pastorais? É o que o Senhor está a nos dizer no contexto do Evangelho, sobre a melhor parte. 

 Nossas preocupações materialistas, não pode abafar a Boa Nova do Reino. Se o Senhor está falando é que Ele quer ser ouvido; se a palavra já está escrita, que seja proclamada. 





Não precisamos ser um pregador renomado, mas que pregue a palavra de Deus, para as pessoas com sua própria vida!  Nosso Senhor Jesus, veio até nós da parte do Pai do céu.

 Por amor abdicou­-se de sua realeza divina, desceu do céu, até nós, para revelar o rosto misericordioso de Deus Pai, trazer ensinamentos divinos, pregar o amor ágape, curar nossas afetividades. Irmãozinhos! Existe um Deus de amor, que nos ama!

 As duas irmãs Marta e Maria, representa todos nós cristãos, ativos na vida cristã pastoral e contemplativos das palavras do Reino de Deus.

 A atitude de Maria, nos leva a importância da oração a contemplação e o silencio, elementos que nos ajudam a olhar as nossas ações, para pô-­las em praticas, segundo os ensinamentos da palavra do Senhor! 



 Não podemos agir sem coerência, colocar a ação do serviçal em primeiro lugar na comunidade, e esquecer a contemplação que gera esperança e a caridade.

 Ou ficarmos só na contemplação,  esquecer a ação  àqueles que sofrem, tem fome e sonhos! "A nossa oração, e fazer o bem" tem que estar de mãos dadas, senão praticarmos isso, infelizmente será um engano e irreligião.

 Uma  vez  um  sacerdote  fazia  uma  linda  homilia  na  Paroquia  em  que  eu participava, a respeito da contemplação do Santíssimo, uma ministra muito zelosa ia pra­-lá e pra-­cá muito preocupada, com os  serviçais, então o padre disse: Dona ..! 

Por favor se aquietes, acente-­se e ouça a palavra de Deus, pois esta é a melhor parte que não lhe será tirada! Quando Jesus diz a Maria que ela escolheu a melhor parte, nós pensamos que a contemplação pode prescindir da ação.

 Qual é o erro de Marta então? O erro foi, que era preciso acolher Nosso Senhor primeiro, antes de se por em ação do zelo serviçal. 

 Este é um problema muitas vezes, em nossas paroquias, até mesmo as mais organizadas, a preocupação do servir, esquecemos de participar, mergulhar no espiritual, no  sagrado.  

 Afinal Jesus na casa de de seus amigos, estava mais interessado em partilhar alguns  momentos  de  convívio  com  a  família  amiga, do  que  saborear  uma excelente refeição. 



 As duas atitudes das duas irmãs, foram carinhosas para com o divino Mestre.  Então  hoje  o  Senhor  está  falando  com  cada  um de  nós  neste Evangelho; vamos acolher a palavra de Deus em primeiro lugar, os nossos corações. 

O coração alma, o coração pessoa, o coração  mente espiritual.         Nas  nossas  pastorais,  de  nossas  comunidades,  de  que adiantaria se pregássemos a palavra, se não tivéssemos conosco a ação do servir, o amor e a caridade. 

 Se dispensássemos o irmão com fome. Ou se déssemos só o alimento físico e não dessemos o alimento espíritual da alma; a palavra de Deus? (Tg 2,14­26) 

 Irmãozinhos não esqueçamos a casa de Marta e Maria, transportemos com nossas mentes aos momentos presente de Nosso Senhor naquela visita amiga aos amigos de Betânia. 

 Hoje a família que hospeda Jesus; esta Igreja é esta nossa assembleia reunida em torno da Mesa Eucarística, é a casa de Betânia, na qual o Mestre fala conosco; nós somos as Martas e as Marias! 

Jesus  nos  diz: Amigos,  tu  te  preocupas  e  te  agitas  com  muitas coisas,  e descuidas a única e realmente importante! A sua alma a sua salvação. 



Ele tem razão: nossas vidas é uma vida corrida  desenfreada  atrás de mil  coisas:  sonhos,  projetos,  negócios, ocupações e tantas outras coisas passageiras. 

 Somos as Martas atarefadas que pensam fazer as coisas mais importantes do mundo e o invés perdemos o tempo, fazemos coisas inúteis, agitamos por coisas  que  são  somente  urgentes,  e  não  importantes,  por  coisa  que  não acontecerão nunca.

 O sábio do Eclesiastes já dizia: “Vaidade das vaidades: tudo é vaidade!” (Ecle 12,8; 1,1) Jesus disse: Maria escolheu a melhor parte. E nós, temos escolhido a parte melhor? 

Ou somos tantas pobres Martas, atarefadas em coisas que não servem e que irão acabar  conosco?  A  atitude  de  Maria  nos  recorda  a  importância  da contemplação. A oração, a escuta e o silêncio.



  Elementos que nos ajudam a olhar nossas ações segundo os ensinamentos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo!  Marta não tinha compreendido que Nosso  Senhor  tinha  vindo  a  sua casa  para  alimenta-­la.

   Mais  do que  para  ser alimentado  por  ela;  por  isso  ficara  toda absorvida naquela cozinha. “Maria sentada aos pés de Jesus escutava a palavra”. Ouvia!

 Irmãozinhos..! Deixemos hoje orientar pela palavra bendita, que o Senhor quer nos fazer ouvir, pela escuta! Salmodiemos, cantemos com alegria a tua palavra: "Senhor quem morará em vossa casa? (Sl 14) Amém!

 Jesus é o Senhor!

Texto elaborado da homilia de Raniero Cantalamessa Tema: "A melhor parte": Evangelho São lucas 10,3842 ano "c"; Literatura "O Verbo se faz carne": pg 680­683 ­­ Liturgia Dominical: "Deus Conosco dia a dia" Evangelho São Lucas 10,38­42 ano "C' 2016 pg 73­75.122 ­­ Joseinacioh.blogspot.com, "Jesus é o Senhor", Evangelho São Lucas 10,38­42 ano "C" 2013 Tema: "Marta e Maria" ­ Bíblia: Ave Maria. 




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