domingo, 28 de fevereiro de 2016

EVANGELHO Lc 15,1-3.11-32 4º DOMINGO DA QUARESMA -" O FILHO PRÓDIGO" - Leituras 1ª Js 5,9a.10-12; Sl 33; 2ª 2 Cor 5,17-21 -- Litúrgia p/ 06/03/2016 ano "C" - ANO DA MISERICÓRDIA!

                          O FILHO PRÓDIGO!
                                      
Naquele tempo,1 os publicanos e os pecadores aproximaram de Jesus para o escutar.2 Os fariseus, porém, e os mestres da lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles.”3 Então Jesus contou lhes uma parábola: 11 “Um homem tinha dois filhos.12 O filho mais novo disse ao Pai: “Pai dá-me a minha herança que me cabe. E o pai dividiu os bens entre eles. 13 Pouco dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14 Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade.15 Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou cuidar dos porcos.16 O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam.17 Então caiu em si e disse: Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morrendo de fome.18 Vou embora, vou voltar para o meu pai e dizer-lhe: “Pai, pequei contra Deus e contra ti;19 já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos seus empregados. 20 Então ele partiu e voltou para o seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou, e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o de beijos.21 O filho, disse: Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho.22 Mas o pai disse aos empregados: Trazei depressa a melhor túnica para vestir o meu filho. Colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés.23 Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24 Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado. E começaram a festa.25 O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança.26 Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.27 O criado respondeu: “ É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque recuperou com saúde.28 Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele.29 Ele porém, respondeu ao pai: Eu trabalho para ti a anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos.30 Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado.31 Então o pai lhe disse: Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.32 Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido, e foi encontrado.” Lc 15,1-3.11-32

Palavra da salvação.
Glória a vós, Senhor!



Querido povo de Deus, estamos no quarto Domingo da quaresma, a liturgia de hoje é maravilhosa. Abordamos uma das mais lindas páginas do Evangelho de São Lucas: “A parábola do filho pródigo”. 

Podemos lê-las, e fazermos reflexões de vários pontos de vista. O Evangelho deste Domingo, é  muito providencial em relação: "O Ano Jubilar Santo da Misericórdia." "Deus é  amor, misericórdia e perdão!"

 Se tomarmos, como caminho condutor de partida, iniciamos nossa reflexão, com a figura paterna do pai, que  vai nos falar da misericórdia ilimitada e terníssima de Deus Pai; que está sempre a nós esperar, e perdoar nossos pecados. 

Se tomarmos como caminho para nos  conduzir nesta reflexão, o filho mais velho da parábola, ela nos ensina que não devemos ter o comportamento, daquela maneira, com nossos irmãozinhos, em nossas comunidades; sermos (Igreja) justos, verdadeiros, e generosos, em relação com quem errou, isto é, misericordiosos, fraternos no perdão; perdoar sempre. (Mt 28,21-22)

 Não podemos ter, o comportamento do filho mais velho, que estava tão perdido, quanto o irmão mais novo; agindo daquela forma motivado pela raiva e ciúmes, do amor de seu pai, que acolheu seu irmão arrependido, que voltara para casa paterna.

 A verdade é, que ele deveria agir e alegrar com seu pai; celebrar com alegria a volta do irmão, e entrar na festa; perdoar, abrir seus braços ao irmão que estava perdido, e que foi encontrado. O perdão e a fraternidade na família, tem que ser sempre constate, e recíproco..! (Mt 18,21-22) (Quantas vezes devo perdoar meu irmão? 70X7 ?)

 Se tomarmos como caminho, a figura do filho mais jovem, a palavra nos descreve, um caminho exemplar, de uma reconciliação. Deus é infinitamente misericórdia, um Pai que está sempre a nossa espera para nos perdoar.

 A intenção  da liturgia deste Domingo, é, que leiamos atentamente o texto do Evangelho, acolhamos a mensagem em nossos corações.

 Para nós nestes tempos finais, não é de se estranharmos, que filhos, não esperem seus pais terminarem suas velhices em paz, vão embora de casa; ou de exigirem partilha de bens heranças, que lhe cabem.

 Na parábola do Evangelho de hoje, o filho exigiu do pai sua herança, para ir embora, para um lugar distante.Vemos nesta atitude do rapaz, falta de amor, consideração, respeito para com seu progenitor.

 Normal seria, a iniciativa da partilha, partir da vontade do pai, se ele o quisesse fazer em vida, e não da vontade do filho sem amor. (Phileo). O pai  calado em seu amor (Ágape), faz lhe sua vontade, dando lhe sua parte, a herança que lhe cabe. 

O rapaz vendeu imediatamente a sua herança a estranhos, e em poucos dias, partiu para uma terra distante, onde foi gastar dissolutamente os bens, com luxurias mundanas.

 O pai na parábola, representa Deus, que permite fazermos de nossas vontades, até mesmo o nosso ato de pecar. Porque Deus nos criou livres, temos o nosso livre arbítrio, mas a proposta de Deus a cada um de nós, é, que nos esforcemos, para sermos bons filhos. 

Jesus disse: “Sejam santos como vosso Pai do céu  é santo”. (Mt 5,48)
Nós pecadores é que vendemos tudo ao mundo, e, afastamos da graça de Deus, buscando outros caminhos, que não nos levam, ao regaço do Pai do céu. 

O sistema do mundo, prega sonhos e utopias; ganhar dinheiro,  e viver os prazeres da vida. Mas muitos gastam, os  bens criados por Deus, corrompendo seus corpos,"Templo do Espírito Santo."

 Neste afastamento, ignoram os mandamentos do Senhor! São os filhos pródigos destes seculos. Vamos orar sem cessar por eles, Jesus disse no alto da sua cruz: "Pai perdoai porque não sabem o que fazem." (Lc 23,34)

 O sistema mundano, não tem amor para oferecer, é, olho por olho e dente por dente. (Mt 5,38) O maligno não tem misericórdia seu trabalho e roubar, matar e destruir..! 

Foi o que aconteceu, com aquele rapaz da parábola, depois de ter gastado tudo numa vida dissoluta, pobre desnudado, esfomeado querendo comer das lavagens, despido de seus bens,  cuidando de mangueiros de porcos.



 Então ao meio do sofrimento, ainda restava uma ultima fagulha do fogo do Espírito Santo, caiu então em si, sua mente recorda: “Quantos diaristas de meu pai sobra pão, enquanto eu aqui morro de fome!” (lc 15,17) 

Lembrou que seu pai é bom e generoso, para com seus empregados. E do fundo de seu coração, arrependido desejou: "vou voltar para casa e pedir perdão ao meu pai dizendo:

"Pequei contra Deus e te ofendi; já não mereço chamar-me teu filho. Trata-me como um de teus diaristas." Então o jovem "levantou" de sua miséria de pecado, e se pós a caminho de volta para a casa de seu Pai.

 O filho pródigo é o pecador convertido, que tomou uma atitude contra o pecado, arrependido e contrito, que volta para o Pai; decidido a mudar de vida e de mentalidade. (Sl 50) 

O pai que sempre vigiou seu retorno, o vê na curva do caminho, vê o farrapo do filho, que retorna à casa. Quando o pai o viu a distância correu ao seu encontro, abraçou-o beijando, e o filho pediu lhe perdão. 

"Pai pequei contra Deus e te ofendi. Já não mereço chamar-me teu filho." O pai disse aos criados: "Rápido, trazei a melhor veste e vesti-o; colocai-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.

 Trazei um bezerro cevado e matai-o". O Pai recebe o filho e o reveste de dignidade, o abraço sela a reconciliação, uma vida nova merece ser festejada." (Lc 15,7)

"Celebremos um banquete. Porque este meu filho estava morto e reviveu. Tinha se perdido e foi encontrado." E começaram a festa. (Lc 15,21-24) Na parábola, o filho mais velho é aquele que ficou sempre ao lado, com o pai, administrou seus bens e os fez prosperar. 

Nesta reflexão do filho mais velho administrador, podemos colocar todos nós sem exessão; leigos, religiosos, ministros, líderes coordenadores de pastorais, colaboradores que estão à frente das comunidades, trabalhando afincadamente, para que o rebanho cresça e (Igreja) caminhe com seu pastor.  (Nossos Bispos)

 Mas se não tivermos humildade e amor, podemos correr o risco, como o do irmão mais velho, de acharmos que estamos sempre com a razão, de que estamos sempre certos.

 Ou porque estamos a frente de ministérios, podemos abusar da autoridade que exercemos em nossos ministérios e sermos injusto com aqueles que se aproxima do Senhor através de cada um de nós.

 Não vamos ao encontro do irmão caído no meio do caminho, não o abraçamos, não o ajudamos  à levantar-se, nas nossas orações não perguntamos a Deus, qual é a sua vontade, o que Ele quer de nós!

 Egoistamente achamos com direitos de méritos recompensas e poder, ao invés do amor e a benevolência para com os irmãos pequenos, que se aproxima da igreja; buscando encontrar sentidos para suas vidas. 

 Com essa mentalidade desumana, retraímos as ovelhas que querem passar pela "Porta Santa"; nós tornamos servos frios, arrogantes, insensível ao amor fraterno, cristão tíbios acostumados com a graça e só aparências, só do servir e administrar. ( Não servem verdadeiramente ao Pai do céu, mas a si mesmo)

Nosso Senhor ao contar esta parábola, quer nos fazer perceber a realidade de verdadeiros servos, e que precisamos mudar as nossas  mentalidades e atitudes de Cristãos, que não consegue ver a alegria dos irmãos que buscam vida nova e oportunidade nova. 

 Se o Pai do céu, é misericordioso com todos, sem exceção, então o nosso perdão deve ser também para com todos aqueles que nos ofende uma prioridade. Lembremos que Deus nos amou ao extremo, deu seu Filho único, para que cada um de nós, tivéssemos vida em abundância. (Jo 3,16) 

 O irmão mais velho contestou o pai porque perdoou seu irmão mais novo, matou um bezerro para comemorar sua volta, e não queria entrar na festa.

 O pai bondoso cheio de compaixão disse ao seu filho mais velho: "Alegra comigo..?" Seu irmão estava perdido e hoje voltou para nós. "Você está sempre comigo..!"


 Irmãozinhos! O nosso Deus é amor, misericórdia e perdão. Deus nos ama incondicionalmente, Ele não importa se somos o filho mais velho ou o mais novo. 

 Se somos o irmão mais velho, existe também um plano de amor, a cada um de nós, que voltar para casa do Pai; até mesmo para aqueles que achamos que não tem mais jeito, é causa perdida não existe reconciliação!

 O sacramento da reconciliação está a nos esperar, após a Porta Santa da nossa Igrejas, vamos cruzar a porta do perdão. Nesta Semana Santa vamos buscar o sacramento da reconciliação.

 Deus criou-nos para ama-lo e servi-lo, este plano de amor está em cada um de nós, nas extensões de nossos braços, nas nossas mentes, e  em nossos olhares. Deus é amor!

 Também nos nossos sorrisos, e naquele abraço fraterno de filhos imitadores do nosso irmão mais velho Nosso Senhor Jesus Cristo, que deu sua vida por todos nós pecadores.

 Por isso cantemos com alegria o salmo deste Domingo ao nosso Deus de Misericórdia: “Provai e vede quão é suave o Senhor!” (Sl 33) Amém!
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Jesus é o Senhor!


FONTES: TEXTO ELABORADO DA HOMILIA DE RANIERO CANTALAMESSA 4º DOMINGO DA QUARESMA ANO "C" - TEMA: "PAI PEQUEI - SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO" -- O VERBO SE FAZ CARNE Pg 545-550 - FOLHETO LITÚRGICO: DEUS CONOSCO dia a dia 4º DOMINGO DA QUARESMA EVANGELHO SÃO LUCAS 15,1-3.11-32 - ANO "C" 2016 Pg 40-43.150 -- BÍBLIA DO PEREGRINO




 


























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