LANÇAR AS REDES, CONFIANDO NA PALAVRA!
Naquele tempo,1 Jesus estava na margem do lago Genesaré, e a
multidão apertava-se para ouvir a palavra de Deus2 Jesus viu duas barcas
paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcados e lavavam as
redes.3 Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um
pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.4 Quando acabou de falar, disse a Simão:
Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca.5 Simão
respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em
atenção à tua palavra, vou lançar as redes”.6 Assim fizeram, e apanharam tamanha
quantidade de peixes que as redes não rompiam.7 Então fizeram sinal aos
companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram e encheram
as duas barcas, a ponto de quase afundarem.8 Ao ver aquilo, Simão Pedro
atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou
pecador!”9 É que o espanto se apoderara de Simão e de seus companheiros, por
causa da pesca que acabava de fazer.10 Tiago e João, filhos de Zebedeu, que era
sócios de Simão também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: Não
tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”.11 Então levaram as
barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.
Palavra da salvação
Glória a vós, Senhor
O Evangelho deste Quinto Domingo Comum, é lindo, maravilhoso, abre-se
com a descrição de uma cena simples e sugestiva: Jesus, sentado na barca de
Simão Pedro, ensinando as multidões que se comprimem nas margens do lago, para
ouvi-lo.
É provável que Lucas, ao descrever esta cena, pensou no significado
dela para a Igreja; o significado teológico
que vemos realizado agora, aqui entre nós: Estamos com efeito como uma
grande multidão às margens do lago, para escutar Jesus Cristo que nos fala da
“barca de Pedro”, isto é, do seio da Igreja.
São dois mil anos de Igreja
Católica, Ela foi fundada por nosso Senhor Jesus Cristo, na pessoa do Apóstolo
Simão Pedro. Nosso Senhor disse: “Pedro tu és pedra e sobre esta pedra edifico
a minha Igreja”. (Mt 16,18) O Papa Francisco é a continuação desta pedra
fundamental; Igreja Católica Apostólica Romana que vem
através dos séculos, desde o primado de Pedro até nós.
A pesca milagrosa
tornou-se uma espécie de parábola da missão dos discípulos do Senhor. Daí em
diante seriam pescadores de almas para o Reino de Deus. Eles deixaram tudo,
barco, redes, trabalho para servir a um novo “patrão”: Jesus.
O novo patrão e
quem sabe onde e quando a rede deve ser lançada, e quem necessita de ser atraído
para o Reino de Deus. A lida do mar da Galileia seria trocada pelo mar do
mundo, onde se encontra a humanidade a ser apanhada pela rede do Evangelho.
15 Jesus disse: “Vão pelo mundo inteiro e anuncie a “Boa
noticia” para toda a humanidade. 16 Quem
acreditar e for batizado será salvo. Quem não acreditar será condenado”. (Mc
16,15-16) Esta troca de pescaria de peixes, por almas humana, os comportou uma
verdadeira revolução na vida dos discípulos.
Deixaram a tranquilidade da vida
às margens do mar da Galileia, a estabilidade afetiva da família, os projetos
pessoais, deixaram tudo para trás, agora são Missionários, deverão enfrentar o
mar encapelado do mundo. Enfrentarão as tempestades e a possibilidade da pesca
infrutífera, poderão morrer por causa do seu Mestre e seu Reino.
Os barcos
ficaram na praia, e foram em busca de novos horizontes levando a novidade do
Reino de Deus, em águas mais profundas. Em pentecostes receberam a efusão do
Espirito Santo, nada mais os pode segurar a não ser anunciar, que “Jesus Cristo
é o Senhor!” (At 2,1-13)
Já não era mais um salto no escuro, mas uma profunda
confiança na pessoa de Jesus ressuscitado, que lançaram-se na aventura do amor,
pelo serviço ao Reino. Hoje o Senhor também nos chama, não cessa de nos atrair
a si; vem filhos meus vem..!
O desejo de Deus está inscrito no coração do
homem, já que ele foi criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o
homem a si, e somente em Deus o Homem há de encontrar a verdade e a felicidade
que não cessa de procurar. ( CIC. Cap. 1: Parag. 27 “O desejo de Deus”)
Voltando novamente para o texto do Evangelho, o Evangelista Lucas mostra nos
que o chamado de Jesus se realiza em “águas mais profundas” Aquele que nos
chama exige uma resposta de nossa parte, uma resposta de fé, não só isso, faz necessário
trabalhar a noite inteira, lançar cada vez mais as redes para pescar homens e
mulheres, não ter medo de deixar tudo por causa da palavra do Reino.
Igreja..!
Não podemos ficar parados na margem, temos que mergulhar em nossas próprias
profundezas, no nossos próprio coração avançar cada vez mais, sermos ousados, libertar
de nossos medos interiores e seguir Jesus. Ao longo da história quantos homens
e mulheres deixaram tudo por causa de Jesus.
Que resposta vamos dar ao chamado
de Deus, nossa vocação? Bom seria se respondêssemos como o Profeta Isaías: “Aqui
estou! Envia-me! Apesar de nossas limitações, Ele quer contar com cada um de
nós. Vamos deixar que o Espírito Santo nos transforme em instrumento de sua
missão.
A igreja de Cristo é uma grande barca, carregada de tesouros
espirituais de salvação, que faz águas em direção ao Reino celeste, cujo
capitão é o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. O mar é Deus e o barco sou eu, que
me leva pra frente impulsionado pelo Espírito Santo, ´é Deus. Amém!
Jesus é o Senhor!
FONTES: TEXTOS ELABORADOS: FOLHETOS LITÚRGICO -" O EVANGELHO DE CADA DIA Pg 189 5º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" ( P. JALDEMIR VITÓRIO Sj) -- DEUS CONOSCO dia a dia Pg 45 e 120 5º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" 2016 -- BÍBLIA PASTORAL.
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