domingo, 26 de julho de 2015

EVANGELHO SÃO JOÃO 6,24-35 -18º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO "B" Leituras: EX 16,2-4.12-15; Sl 77; Ef 4,17.20-24 - Liturgia para 02/08/2015 "ANO DA PAZ"


        QUEM CRÊ EM MIM NÃO TEM FOME, NEM SEDE!Jo 6,35 
                                 

Naquele tempo, 24 quando a multidão viu que Jesus , não estava.ali, nem os discípulos, subiram as barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25 Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegastes aqui?"26 Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27 Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este e que o filho do Homem vos dará. Pois é quem o Pai marcou com seu selo."28 Então perguntaram:"Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?" 29 Jesus respondeu:"A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou."30 Eles perguntaram:"Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na escritura: "Pão do céu deu-lhes a comer."32 Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, não foi moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá a vida ao mundo."34 Então pediram: "Senhor, dá-nos sempre desse pão." 35 Jesus lhes disse: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede."

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!

                                                               

                                                       
Queridos irmãozinhos povo de Deus, a liturgia deste Domingo é linda, maravilhosa..! No evangelho de Domingo passado, Jesus fez um grande milagre: alimentou cinco mil homens, sem contar as mulheres  e as crianças no deserto, com o pão vindo do céu. Jesus anunciou solenemente, ser Ele o verdadeiro pão do céu, porque através dele, não seremos apenas alimentados no corpo, mas também nosso espirito, para a nossa salvação eterna. "Jesus é o  "Alfa e o Omega,"Começo e  Fim..!" ( Ap 1,8 )

 O evangelho de João,  nos introduz no centro do discurso do pão, ( Eucaristia ) na sinagoga de Cafarnaum. Provavelmente, o Evangelista João ao escrever o evangelho as comunidades Joaninas, quer inculcar nas comunidades cristãs, o valor infinito do sacrifício único de Cristo, presente na Eucaristia. E é, com  o discurso de Jesus na sinagoga de Cafarnaum, que consiste em repetir de diversas maneiras, ( ora em forma afirmativa, ora em forma negativa ) os mesmos conceitos.

 Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Quem comer da minha carne e beber do meu sangue, eu o ressuscitarei no último dia.
 O estilo da literatura do Evangelista João desenvolve um pensamento, dando voltas para chegar ao raciocínio, ( Pensamentos volutas ) com repetições e novidades cíclicas. O ponto mais alto, da mensagem de hoje é a pessoa do Pai. Jesus no seu discurso ao povo da sinagoga, testemunha a pessoa do Pai: "Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá, o verdadeiro pão do céu. ( Jo 6,32b )

 A Eucaristia é portanto um dom do Pai, um dom que prolonga o da encarnação e ressurreição do Deus Filho conosco: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único." ( Jo 3,16 )  A teologia  Eucarística nos ensina, que Deus Pai continua a dar-nos, sem cessar o seu Filho, pela salvação do mundo. Na Santa Missa, o sacrifício único de Cristo na cruz, não é mais de modo cruento, mas de modo incruento. Na Santa Missa se atualiza tudo de novo: A vida, a paixão, a morte e a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo..!

Assim como o meu Pai, que me enviou vive, eu vivo pelo Pai, assim também, aquele que comer a minha carne viverá por mim. ( Jo 6,57 ) Na liturgia do ofertório, dirigimos a Deus Pai, e dizemos: "Bendito sejais, Senhor, pelo pão que recebemos de vossa majestade." Sabemos até que ponto isto é verdadeiro, e, verdadeiro a respeito do pão, fruto do nosso suor e trabalho, mas também do pão que recebemos, isto é, a Eucaristia.

 É Nosso Senhor, que se oferece totalmente ao Pai, doando-se concretamente aos homens: São Paulo nos exorta dizendo: Segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor. ( Ef 5,2 ) No gesto de Jesus se encerra a perfeita obediência do "Novo Adão. Jeus é o Novo Homem, aquele que disse o "sim" livre que Deus esperava desde os dias da criação, sem nunca obtê-lo nem de Adão, nem de nenhum outro, agora obtêm de Jesus.

A vontade de Deus Pai, no Cristo humanado, encontra finalmente a plena realização, numa liberdade humana, naquela que nossos primeiros pais não foram fieis a vontade do seu criador. Jesus é o Deus Homem, cumpridor da vontade divina, de à todos salvar. Na primeira leitura do Êxodo, Moisés se avulta como mediador entre Deus e o povo, uma vez que é o próprio Deus que oferece o Maná, para saciar a fome do povo no deserto. Na Eucaristia,  Jesus Cristo é apresentado ao povo do Senhor, como o alimento espiritual permanente, cuja presença é garantia de vida eterna.


Hoje nós, comunidades reunidas, em torno do altar, para celebrar a Eucaristia, Nosso Senhor nos convida, aos desafios de ir ao encontro daqueles, que não conhecem Jesus; isto é, mostrar a eles o alimento que permanece até a vida eterna; "Jesus Sacramentado." O evangelho de hoje é convite para que confiemos menos nas estruturas e forças sociais e religiosas, e busquemos sustentar nossas ações e projetos na busca de Deus, através de nossa opção batismal por Cristo.

 A liturgia neste tempo pede que rezemos pela Igreja, pelas vocações religiosas. O Santo Padre, nossos bispos, os padres, os diáconos, os religiosos, também os ministros leigos, afim de que eles por força do Espirito Santo, proclamem corajosamente o Evangelho da vida. Na multiplicação dos pães, Nosso Senhor alimentou o povo no deserto, com o pão vindo do céu. Jesus anuncia a toda a Igreja, ser Ele o verdadeiro pão do céu, porque através Dele, não será só alimento físico, mas o Espirito para a salvação eterna. Para esta comunhão com Cristo, devemos aproximar-nos do Sacramento da Reconciliação. ( Confissão )

 São Paulo exorta a Igreja de Éfeso: "Despojai-vos do homem velho. Revesti-vos do homem novo, criado à imagem e semelhança de Deus." ( Ef 4,22.24 ) Jesus de Nazaré é o pão de Deus descido do céu, para dar vida ao mundo. Por meio Dele, Deus sacia a fome e a sede de todo homem de boa vontade, e lhe oferece a plenitude. A pergunta para nós é: Qual lugar que Jesus Cristo ocupa na nossa vida..? Qual é o Jesus que estamos seguindo..?  O Jesus da cruz que deu sua vida por nós..? O Cristo da cruz tem promessas de vida eterna..! Ou o cristo da prosperidade que é, só para esta vida que passa..?! 

Jesus é o Senhor!


Texto elaborado da Homilia de Raniero Cantalamessa, sua obra "O VERBO SE FAZ CARNE' Pg 403-407; 18º Domingo do Tempo Comum ano"B" ; Folhetos liturgicos DEUS CONOSCO dia a dia 18º Domingo do Tempo Comum ano "B"  AGOSTO 2015- Tema: QUEM CRÊ EM MIM NÃO TEM FOME, NEM SEDE;  Pg 25-27.


SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO, OU CONFISSÃO.


                                  


                                                     














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