domingo, 31 de julho de 2016

EVANGELHO SÃO LUCAS 12,32-48 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" 2016 -- ANO DA MISERICÓRDIA" -- Côr litúrgica côr verde -- Leituras: 1ª Sb 18,6-9; Sl 32; 2ª Hb 11,1-2.8-9




                                
NECESSIDADE DA VIGILÂNCIA!

                                   
     

                                 
Naquele tempo disse Jesus: Não temas pequenino  rebanho,porque vosso   Pai  decidiu  dar-vos o  Reino. 33 Vendei  vossos  bens e dai esmola.   Fazei bolsas que  não envelheçam, um tesouro inesgotável no céu, onde  os  ladrões  não  chegam  nem a  traça rói.   34 Porque onde  está  o   tesouro  ai   estará  o      vosso coração.    35  Tende  a cintura cingida e as lamparinas acesas. 36 Imitai os que aguardam que  dono que volta de um casamento, para abrir-lhe quando chegar e chamar.37 Felizes os  servos que o dono, ao chegar, encontrar  vigiando:  Eu vos asseguro que se cingirá,  os  fará  reclinar-se  à   mesa  e  os  irá servindo.38 E se chegar ao segundo ou terceiro turno de  vigília  e  os encontrar  assim, deles. 39 Sabeis que, se o dono de casa soubesse a que hora chegaria o ladrão, não deixaria que  arrombasse  sua  casa. 40 Estais preparados, pois  quando  menos  pensardes,  chegará  este homem. 41 Pedro perguntou: Senhor, dizes  esta  parábola  para  nos ou para todos? 42 O Senhor respondeu:  Quem é o administrador fiel e prudente, ao qual o dono porá  à  frente   do   seu    pessoal,   para que lhes reparta as rações a seu tempo? 43  Feliz  aquele servo que o dono, de regresso, encontrar agindo assim. 44 Eu vos asseguro que o encarregará  de  todas  as  suas  posses.  45   Mas,  se  aquele  servo, pensando que o dono tarda em chegar, começar a bater em  criados e criadas, a comer,  beber  e  embriagar-se,  46  chegará  o  dono  do servo  em  dia e   hora   que    menos   espera,   e     o    partirá    ao meio,   dando -lhe    os    destino    dos    desleais.    47      O    servo que, conhecendo a vontade  do dono, não dispõe  e  não  executa  o que o dono  quer,  receberá  muitos  golpes;  48  aquele  que,  não  a conhecendo,  comete  ações  dignas  de  castigo,  receberá  poucos golpes.  A quem  muito se   deu, muito se  pedirá; a quem  muito se confiou mais será exi.gido

Palavra da salvação.
Glória vós Senhor!


Queridos irmãozinhos, povo de Deus, o Evangelho de hoje quer nos fazer compreender três considerações: A fé, a vigilância, a esmola, e o tornar-se pobre.

A frase inicial do Evangelho inicia com Nosso Senhor dizendo: “Não temais pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino. (Lc 12,32)

 Foi por isso que Deus enviou seu Filho único e precioso, a este mundo, para nos salvar da morte eterna. Jesus veio ao mundo revelar o rosto misericordioso do Pai.

 O projeto de amor por nós, é infinitamente imenso. O Reino de Deus já nos pertence, cabe agora cada um de nós fazermos a nossa parte. Qual é a nossa parte?

 É reconhecermos Jesus Cristo, como nosso único salvador pessoal, e fazermos a vontade de Deus. Jesus nos deu a sua receita para a nossa salvação: “Eis que vos dou um novo mandamento, amai vos uns aos outros como vos tenho amado!” (Jo 13,34-35)

 Uma vez a misericórdia de Deus realizada pelo sacrifício único do sangue redentor derramado de seu Filho Jesus, a nosso favor, somos todos agora coerdeiros em Cristo, do Reino de Deus.
   

         

 Deus tem nos amado desde toda a eternidade, desde que Ele é Deus! (Is 43,13; Jr 31,3) Este é o amor de Deus por cada um de nós; por isso Jesus nos diz:

 “Não tenhais medo pequeno rebanho porque Deus é contigo; tenhais sim o temor de Deus!” Mas tenhais medo daquele que matam o corpo, e depois disso nada podem fazer [...] temei aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno. (Lc 12,4-5)

Nosso Senhor deu um nome aos nossos medos principais que enfrentamos neste mundo: “O amanhã; que comeremos?”, o mundo e os poderosos; “aqueles que matam o corpo”.

Sabemos que nestes “Finais de Tempos”, eles assassinam os inocentes, em nome de uma sociedade que ai está.

Eles roubam e impõem regras, regem os pobres, para obterem poderes para o anti-cristo; que está “personificado nos homens maus, que se dizem "iluminádo”.

 Jesus sobre cada um desses medos pronunciou o seu “Não temais.” Esta e uma palavra, uma palavra eficaz, quase sacramental. Tudo passa mas a palavra de Deus não passará"

 Como as palavras do divino Mestre opera, o que significa; não é o simples coragem! , que nos dirigimos aos nossos irmãos que sofrem.

Por isso a necessidade da vigilância estar cingido e preparado. Vamos buscar o Senhor o Senhor enquanto ele nos deixa encontra-lo. (Is 55,6)

 A vigilância que nos fala o Evangelho, nos exorta com três parábolas: O servo, o patrão dono, e o ladrão administrador corrupto.


 Lamparinas com óleo  significa a luz do Espírito Santo, que não pode faltar à aqueles que se vigiam e espera a volta gloriosa do Senhor!

 O noivo é o próprio Nosso Senhor, o patrão que age como servo de todos, e nos convida a um banquete. (Ap 3,20) O ladrão corrupto é o demônio que age as escuras nas suas tramas, inimigo dos filhos de Deus, porque Jesus é o nosso Senhor!

 Por isso a vigilância do verdadeiro cristão tem que ser constante, não apagarmos as luzes do nosso compromisso com o Evangelho do Reino.

 O discípulo que permanece de prontidão, predispõe a encontrar com Deus, a qualquer hora, que Ele chegar.

Quem age assim será chamado de “bem-aventurado” pois não esquece do encontro, que tem com seu Senhor para o acerto dos bens confiados, e multiplicados.

 As práticas de caridade, o amor pelo próximo são passaportes para o Reino dos céus. Jesus neste Evangelho nos fala do desapego de coisas passageiras, que não poderão ser alicerces no Reino do Pai.

Pequeno rebanho, são palavras carinhosas para conosco, quando deixamos de lado as contendas, fazendo a vontade de Deus, amando uns aos outros, como Cristo nos amou. Amém!

Oração final: Toma Senhor Jesus: não quero mais que meu coração esteja cheio de medo, mas cheio de ti! Tira-me o medo, ajuda-me carrega-lo junto contigo! Livra-nos Senhor de todo o mal, sobretudo do câncer que é o medo. Obrigado Senhor Jesus, porque nos libertastes da necessidade de ter medo. Obrigado Senhor pelo teu Espírito é para nós liberdade interior, luz que dissipa os medos, bálsamo que dá paz ao coração. “Obrigado porque não nos destes um Espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sabedoria. ( 2Tm 1,7)

Jesus é o Senhor!

FONTES: TEXTO ELABORADO DO BLOG PUBLICADO EM 2013 joseinacioh.blogspot.com "JESUS É O SENHOR! EVANGELHO SÃO LUCAS 12,32-48 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" -- Lit. "O VERBO SE FAZ CARNE": Reflexões sobre a palavra de Deus de  Raniero Cantalamessa - EVANGELHO SÃO LUCAS 12,32-48 Ano "C" 






sábado, 23 de julho de 2016

EVANGELHO SÃO LUCAS 12,13-21 18º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" 2016 -- ANO DA MISERICÓRDIA -- Leituras: 1ª Ecl 1,2;2,21-23; Sl 89; 2ª Cl 3,1-5.11 - Cor liturgica verde - Liturgia p/ 31/07/2016




       PRECAUÇÃO CONTRA A COBIÇA
 OS PERIGOS DAS RIQUEZAS

 13 Naquele tempo alguém da multidão disse: Mestre, dize ao meu irmão que reparta comigo a herança. 14 Respondeu-lhe: Homem, quem me nomeou juiz ou árbitro entre vos? 15 E lhes disse: Atenção! Abstende-vos de qualquer cobiça, porque, por mais rico que alguém seja, a vida não depende dos bens. 16 E lhe propôs uma parábola: As terras de um homem deram grande colheita. 17 Ele disse a si mesmo: Que farei? Pois não tenho onde colocar toda a colheita. 18 E disse: Farei o seguinte: Derrubarei os celeiros e construirei outros maiores, nos quais colocarei meu trigo e minhas posses. 19 Depois direi a mim mesmo: Querido, tens acumulados muitos bens para muitos anos; descansa, come e bebe, desfruta. 20 Mas Deus lhe disse: Insensato! Nesta noite te pedirão a vida. Aquilo que preparaste, para quem será? 21 Assim é aquele que acumula para si e não é rico para Deus.

Palavra da salvação.
Glória a vós, Senhor!


Queridos irmãozinhos povo de Deus, neste 18º Domingo do Tempo Comum, a palavra do Senhor mostra a vida humana, imersa nas realidades temporais. Hoje Jesus nos exorta que as riquezas são perigos para a nossa salvação, pois podem desviar-nos da meta do Reino de Deus.
O pregador do Eclesiastes é pessimista, diante das realidades deste mundo, quando não se coloca o Criador, em primeiro lugar na nossa existência. Pois tudo passa, tudo passará; só Deus que não passa!
 Tudo é ilusório; a existência humana escorre sem sentido, como uma vela que se queima; não só as riquezas conquistadas deste mundo, mas também a ciência, torna-se inútil, quando não colocamos Deus no centro das coisas.
Para alguns, parece que as coisas desse mundo, já lhes bastam. vivem só para essa vida, só essa existência; eles não tem outra felicidade, sob os raios do sol dessa existência.

 Do que comerem e beberem e ficarem alegres, passear, gastar, estar nos braços amados, por todos os dias de suas vida fugazes. Que importa o futuro eterno, que importa o fim!

Os insensatos dizem: “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos, vamos gozar a vida”. ( Is 22,13; 1 Cor 15,32) A maior lição que nos chega deste livro, está contida exatamente na primeira leitura da liturgia de hoje.
 Resumindo-se na frase: "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!” Vaidade, isto é, coisa vazia e sem sentido, são as preocupações, e o trabalho de, acumular tesouros nesta vida.
 E que triste, no final dessa vida, não acordar para a verdadeira realidade que tudo o que conquistou ficarão por aqui. “Vaidade de vaidade, tudo é vaidade, na morte o que será?
 Nosso Senhor disse: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam!” (Mt 6,19,)


“Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a vida? “Ou que dará um homem em troca de sua vida?” (Mc 8,36, Mt 16,26)
Aquela pessoa que se mata de trabalhar a vida toda, perde o sono, os anos, enfrenta riscos, renuncia tantas coisas só para aumentar seus bens, depois, antes que se perceba chega o momento de deixar tudo, e quem vai gozar de toda a sua fadiga?
 Quem é, que vai gozar a riqueza acumulada? Alguém que não colaborou absolutamente em nada, alguém que nem é talvez o próprio filho, mas um estranho; e muitas vezes acabam com a fortuna rapidamente com coisas fúteis.




 No Evangelho, Nosso Senhor retoma o discurso da vaidade das riquezas, mas numa chave bem diferente. Parece-nos que Jesus raciocina como o pregador do Eclesiastes, mas não! Nosso Senhor pensa a nosso respeito, nossa salvação, e sua misericórdia
 Há pois uma grande diferença entre  a primeira leitura e o Evangelho anunciado. Por que o sábio Coélet,  censura o homem ávido acumulador de insensato? Porque o homem, não os goza ele mesmo de seus frutos de seu trabalho, que incansável ao longo da vida o que ajuntou?
 Por que é chamado de louco insensato por Jesus? É chamado de insensato por Jesus, por “não ser rico de Deus!” Qual então, seria ser rico da graça de Deus?
 Seria o Cristão desapegado das riquezas desonestas egoistas deste mundo; significa ajudar os pobres, lutar pelos oprimidos, fazendo de suas conquistas amigos para o reino de Deus.
Isto é preparar-se um tesouro no céu, onde a prata não perde o brilho e a traça não corroi. (Lc 12,33; 19,9) O oposto de se enriquecer sem o temor de Deus é “acumular tesouros para si”.
 Estamos, em certo sentido contrário, as antípodas da moral do pregador do Eclesiastes: e a moral do Evangelho, não é uma moral egoísta e hedonista, mas uma moral baseada no amor ao próximo e na solidariedade fraterna.



 O apego as coisas materialistas, tornam o homem um idolatra, desumano, insensível ao amor, por isso não pode praticar a caridade. Jesus disse: De que adianta ao homem vir a ganhar o mundo inteiro se vier a perder a vida eterna? ( Mt 16,24-26)
 Esta posturas que fala o Eclesiastes, acontece de maneira, como considera certas entidades cristãs que pregam prosperidades, uma salvação só para esta vida, eliminando o Criador Transcendente.
 Na parábola do rico tolo, Jesus quer fazer nos entender, quão errados são aqueles que põem toda a suas esperanças, suas vidas nos bens materiais deste mundo.
“Havia um homem rico cujos campos produziram muito [...]”. Irmãozinhos! Conhecemos bem esta parábola proclamada do Evangelho de hoje que culmina na voz noturna de Deus ou da consciência.
 “Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas que ajuntaste, de quem serão? Jesus neste Evangelho nós exorta ao desapego das coisas deste mundo.
 A ganância, o egoísmo, escraviza o ser humano, fazendo-o esquecer do criador. Na párabola o homem insensato pensa que seus dias estão garantidos, para viver e gozar a vida, mas esquece-se que a morte é eminente.
 Por isso Deus diz ao monólogo insensato: “Esta noite pedirei a tua alma!” Esta passagem no Evangelho de hoje, nos leva também a uma reflexão escatológica.
 Estamos nos finais dos tempos, os homens mais do que nunca buscam poderes e estatus sociais, e os pobres sofrem o desumano do Mundo que esquece Deus.
 Esquecem, que existe uma profecia pronunciada pelo próprio lábios do Filho de Deus, que prometeu que vai voltar a qualquer momento com glória,  para julgar os vivos e os mortos. (Mt 25,31-46)

 Por isso aquela passagem no Evangelho de São Mateus: “No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao seu encontro. (Mt 25,6)
De qualquer forma, é evidente que a parábola do estulto tem um fundo escatológico; tudo adquire significado pelo fato de encontrar-se, com Jesus, diante de uma hora decisiva.
 Discutir sobre a divisão de herança, ou pensar somente em ampliar os celeiros, quando o Reino está próximo, é grande cegueira e insensatez.
Era costume os mestres e rabinos do tempo de Jesus, resolverem contendas e brigas entre familiares e vizinhos, constituírem uma espécie de juiz de conciliação.
 Jesus recusou este papel de arbítrio, para não ficar reproduzindo e legitimando o sistema que gera desavenças por causa de heranças. Jesus assume uma atitude de crítica cultural ao sistema, que provoca a cobiça e a ganância.

 Portanto a razão profunda que faz aparecer o tolo insensato, o agir daquele avarento é a existência e a iminência deste mundo. “ Vaidade tudo é vaidade e tolice, você vai perder tudo o que tens e o que não tens”.
O Sábio bíblico do Antigo Testamento, não conhecia ou não acreditava seriamente na ideia de uma recompensa depois da morte, por isso que diz: É bobo quem não goza aqui neste mundo sua  vida!


Agora com Jesus sabemos que existe uma recompensa depois desta vida, uma ressurreição e uma vida eterna. O mais importante nesta vida não é se enriquecer, como não é casar ou não casar, mas é ser julgados dignos do século futuro. (Lc 20, 35)
 A palavra de ordem deste Evangelho hoje e nos alertar-nos: A insensatez, a avareza e mesquinhez, não se mede mais pelo que se perde nesta vida, mas aquilo que podemos perder na outra.
Estamos na continuidade das bem-aventuranças: O pobre é feliz porque possuirá o Reino dos céus, o rico imanente é infeliz, porque não possui o Reino. São Paulo nos exorta maravilhosamente.
 “Se portanto, ressuscitaste com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado a direita de Deus, aspirai as coisas do alto, e não as terrenas. Amém!
Jesus é o Senhor!


Fontes: joseinacioh.blogspot.com 2013 ano“C”-- “Reflexão da palavra de Deus”, 18º Domingo do Tempo Comum: Lit. de Raniero Cantalamessa“ O Verbo se faz carne” - Evangelho São Lucas 12, 13-21 com o tema: Vaidades das vaidades – O rico estulto. Pg 694-697--



























quinta-feira, 14 de julho de 2016

EVANGELHO SÃO LUCAS 11,1-13 17º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" 2016 -- ANO DA MISERICÓRDIA" -- Leituras: 1ª Gn 18,20-32; Sl 137; 2ª Cl 2,12-14 -- Cor litúrgica verde - Liturgia P/24/07/2016



                                                  PAI-NOSSO!

            




1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou seus discípulos.2 Respondeu-lhes: Quando orardes, dizei: “Pai, seja respeitada a santidade do seu nome, venha o teu Reinado;3 dá-nos hoje o pão do amanhã;4 perdoa-nos nossos pecados, como também perdoamos os que nos ofende; não nos deixeis sucumbir na prova”.5 E acrescentou: suponhamos que alguém tem um amigo que acorre a ele à meia noite e lhe pede: Amigo empresta-me três pães,6  pois chegou de viagem um amigo meu, e não tenho oque oferecer-lhe.7 O outro de dentro lhe responde: não me importunes; não posso levantar-me para dá-los.8 Eu vos digo que, se não se levantar para dá-los por amizade, se levantará por seu aborrecimento para dar-lhe o que necessita. 9 Eu vos digo: “pedi e vos darão, buscai e encontrareis, batei e vos abrirão; 10 pois quem pede recebe, quem busca encontra, a quem bate lhe abrem.11 Quem de vós, se um filho pede pão, lhe dá uma pedra? Ou se pede um peixe, lhe dá uma cobra?12 Ou se pede um ovo dá um escorpião?13 Portanto se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas ao vossos filhos, quanto mais vosso Pai do céu dará Espírito Santo àqueles que lhe pedirem.  Lc 11,1-13

Palavra da salvação.
Glória a vós, Senhor!



Queridos irmãozinhos povo do Senhor, a liturgia deste Domingo nos mostra, uma das mais belas pérolas preciosas do Evangelho: “O Pai Nosso”. O Senhor nos dá uma palavra de ânimo, animando-nos a praticar a oração.

Os discípulos vendo como Jesus orava de um outro modo, muito belo e profundo, disseram: Rabi ensina-nos a orar, do jeito que o Senhor ora? No Evangelho Lucas nos revela a verdadeira gênese desta oração. O Pai Nosso nasce dos lábios do divino Mestre:

 2Quando orardes, dizei: “Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;3 o pão nosso cotidiano dá-nos a cada dia; 4perdoa nossos pecados, pois também nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação”. ( Lc 11,1-4)



 Nos inícios da Igreja Primitiva,  o Pai-Nosso era rezado com tal seriedade e respeito, só os cristãos batizados introduzidos na Igreja podiam recitar a formula, e era protegida pela lei do arcano. (disciplinas Arcanas: secretas a respeito da fé e dos sacramentos. A Igreja Católica, combateu na Idade Média os pagãos, para se defender as verdade da fé, estavam a frente deste trabalho os Santos Padres patrísticos . Sec I-VII)

 Na Idade Média, o Pai-Nosso era confiado aos catecúmenos somente no fim de sua preparação, na vigília do batismo, junto com a explicação da Eucaristia. (cf. Cirilo de Jerusalém, Cat. Mist. V,11) 

 O catécumeno que o recebia cuidava das palavras como relíquias e esperava ansioso o momento, o dia, que saindo da purificação do batismo, “cercado pelos irmãos e apresentados pela Mãe Igreja. 

"Nos primeiros seculos onde os primeiros cristãos eram minorias entre os pagãos, para que alguém fosse iniciado, passava antes pelo catecumenato, para aprenderem sobre os mistérios, uma vez que os sacramentos não devem ser ministrado a quem não tenham preparação e um discernimento, suficientes para participar e ser inseridos nos mistérios da Igreja".

 Como um Rito solene, de braços levantados bradava: “Pai!” Eram então introduzido com alegria na comunidade, para o conhecimento de todos como novo filho de Deus. ( Tertuliano, Bapt. 20,5)
  
SANTO AGOSTINHO MINISTRANDO O BATISMO AOS CATECÚMENOS

 Porque devemos recordar estas coisas da nossa fé, porque nos banalizamos o Pai Nosso, recitando-o frequentemente, em série, sem pensar nele, como se diz qualquer jaculatória na hora da necessidade ou do medo. 

Perdemos o sentido do mistério tremendo que se oculta naquelas palavras saída da boca de Deus e dirigidas ao ouvido de Deus. Nosso Senhor nos ensinou a chamar Deus de Pai.

Na oração o Pai-Nosso está resumido tudo de bom que o orante deseja obter de Deus Pai. O segredo está no despojar de todas as ambições pessoais e sintonizar-se na misericórdia de Deus. “Deus é Pai!”

O pecador contrito deve sempre estar buscando as misericórdias do Pai. Jesus disse que falar com Deus é a melhor parte que não será tirada. (Lc 10,41-42)

O Espírito Santo de Jesus é a nossa ferramenta santa; Ele é constante em nos ajudar a perseverar a fé. Embora pecadores que somos, Deus não desiste de nós!


Pois o sustento da fé é dom de Deus, significa o pão da vida futura; a vida eterna na casa do Pai. O Pão nosso de cada dia, pode ser também o nosso cotidiano, pois se refere a nossa vida terrestre, enquanto estivermos aqui neste vale de lágrimas.

 Na oração do Pai-Nosso Jesus ao ensinar seus discípulos a orar, revela-nos o rosto misericordioso do Pai. (1 Jo 4,7-21) Por isso no Evangelho de hoje Nosso Senhor, ensina que devemos ser insistente na oração, de sempre pedir:

 “Batei e vós abrirá! Quem pode recebe! Quem busca encontra! (Lc 11,5-13) O perdão e a humildade, deve estar sempre disposto em nós, para pedir e perdoar a quem nos ofender, pois é assim que rezamos na oração do Pai-Nosso.

 Perdoar o nosso próximo as ofensas, e te serão perdoados os pecados quando pedires. ( Eclo 28,1-7; Lc 6,37) "Assim como perdoamos a quem nos tem ofendido". Deveríamos parar a oração aqui, e ir reconciliar com nossos irmãos ofendidos,  depois continuarmos esta oração.



 O Pai Nosso é o Evangelho abreviado, o Evangelho em oração; um manancial vivo da Boa Nova que brota da boca daquele que é o Evangelho em pessoa; o próprio Cristo!

 Irmãozinhos! Há uma grande semelhança entre o Pai-Nosso e a Eucaristia. Na Eucaristia se perpetua o Jesus que dá ao Pai pelos homens, que “serve”: “Eu estou no meio de vós, como aquele que serve. (Lc 22,27)

 No Pai-Nosso reza: se perpetua a presença de Jesus que disse: “Eu estou no meio de vós como aquele que reza. (Hb 7,25) Na Eucaristia, há uma comunhão com o corpo de Cristo; no Pai-Nosso uma comunhão na oração de Cristo:

 E é esta a verdadeira “comunhão espiritual” que podemos fazer sozinhos, a cada momento, também quando não nos é possível a sacramental. Fechamos nossos olhos interior e contemplar Jesus ressuscitado em Nós!

Por isso na Santa Missa, aquele momento solene de rezar o Pai-Nosso com confiança e liberdade de filhos e filhas de Deus, comungarmos; o Corpo, o sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Naquele dia, Jesus não ensinou seus discípulos uma simples formula de oração, mas uma maneira nova de orar. O Pai-Nosso deve diluir-se em meditação e alimentar a nossa oração espontânea, esta deve tornar sempre viva e renovada a récita do Pai-Nosso.



Conta-se que São Francisco e seus frades, apostaram uns aos outros, quem rezariam mais o Pai-Nosso. A cada Oração deveriam colocar no capuz de seus hábitos, uma pedrinha para marcar os pontos.

 E começaram a rezar bem rápido para vencer uns aos outros. Os Frades já estavam com os capuzes cheios e pesados de tantas pedrinhas, quando perguntaram ao pai Francisco.

 E você Pai quantos seixos já tem? Tranquilamente o Santo respondeu nenhuma! Estou ainda contemplando o “Pai-Nosso que estais no Céu!”

Esta historinha de Francisco, nos ensina como devemos orar a Deus na meditação, tanto oralmente como na  contemplação no silêncio. Jesus, ao ensinar seus discípulos a rezar, lhes ensinou a chamar Deus de Paizinho. ( Aba Pai: Mt 6,9; Rm 8,15;Gl 4,6)

 Embora a oração seja de pedidos, Cristo mostra que reza-la com fé significa comprometer-se com Deus e com a vida em comunidade, na missão de fazer com que o Reino de Deus aconteça.

O Reino de Deus acontece na medida que vamos nos convertendo ao Evangelho, insistentes e perseverantes, na relação de filhos obedientes ao Pai.

No Evangelho deste Domingo Jesus nos ensina a não desanimarmos, sempre pedir ao Pai do Céu, porque Ele é infinitamente bom.


 Mas não devemos nos iludir pensando que Deus nós dará tudo o que pedirmos, quando e como queremos, pois no seu amor Ele sabe nos dar coisas boas e que realmente nos podem fazer bem.

Por isso a oração do Pai-Nosso recitada com fé, nos faz chamar Deus de Pai. A Oração do Pai-Nosso ensinada pelo nosso Salvador, tem-se propagado através de longos séculos, e Jesus tem rezado conosco, em nós e por nós.

 Depois desta reflexão da oração do Pai-Nosso, diz o pregador do Papa Francisco, (Raniero Cantalamessa) não será tão mais fácil para cada um de nós, continuar recitando o “Pai- Nosso” de qualquer jeito sem pensar na grandeza desta oração divina. Amém!

 Jesus é o Senhor!


  Fontes do texto elaborado: Joseinacioh.blogspot.com: "Jesus é o Senhor!" Publicado em 2013 - Evangelho São Lucas 11,1-13 ano "C" 2013 -- Homilia de Raniero Cantalamessa : "Uma catequese sobre o Pai-Nosso", Evangelho São Lucas 11,1-13 ano "C": Lit. "O Verbo se faz carne" Pg 684-693 -- Livreto litúrgico:"DEUS CONOSCO dia a dia", Evangelho São lucas 11,1-13 ano "C" 2016 "Ano da Misericórdia" Pg 92-95.122 -- Consultou a Bíblia de Jerusalém: Evangelho São lucas 11,1-13 no contexto a oração do "Pai-Nosso". www.veritatis.com.br /Patristica obras 1496 - Primeira Catequese Mistalgogica.




domingo, 10 de julho de 2016

EVANGELHO SÃO LUCAS 10,38-42 16º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO "C" Cor verde - 2016 - ANO DA MISERICÓRDIA - 1ª Leitura Gn 18,1-10a; Sl 14; 2ª Cl 1,24-28 -- Litúrgia p/17/07/2016



A MELHOR PARTE NÃO SERÁ TIRADA! Lc 10,38­-42 
                         
 
  



Naquele tempo, 38 Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu­o  em  sua  casa.  39  Sua  irmã,  chamada  Maria  sentou­se  aos  pés  o Senhor, e escutava a sua palavra. 40 Marta porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou­se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Mande que ela me venha ajudar!” 41 O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42 Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.

 Palavra da Salvação.
 Glória a vós, Senhor!



Querido povo de Deus, hoje a Igreja celebra o 16º Domingo do Tempo Comum, Nosso Senhor está visitando seus amigos em Betânia, a família de Lázaro, Marta e Maria.

 Jesus quando ia a Jerusalém, gostava de ficar na casa dos três irmãos, pois o aconchego amigo, distava de Jerusalém, uns três quilômetros. A beleza do Evangelho deste Domingo, nos fala da hospitalidade. 

Como nós comportaríamos, se o Senhor pedisse hospitalidade em nossa casa? Como receberíamos tão divina e ilustre visita?  Qual é a hospitalidade que podemos oferecer ao divino Mestre?  A nossa casa de hospitalidade, para o senhor é o nosso coração. 

Jesus vem nos visitar constantemente, mas  precisamos ter  um coração  contrito, arrependido  de  nossos pecados. O Senhor Jesus disse: Eis que bato a porta, se alguém abrir entrarei e cearei com ele. (Ap 3,20) O nosso coração é esta porta..!



 Se tivéssemos de seguir a orientação da liturgia, poderíamos aprofundar muito na teologia da virtude e da hospitalidade.

 Este é o tema único da belíssima liturgia deste 16º Domingo do Tempo Comum. "A oração": "Maria escolheu a melhor parte". 

 Vejam a beleza  litúrgica Católica, nestes dois mil anos de Igreja, a sagrada liturgia é conservada desde os tempos dos Apóstolos e os Patrísticos; ninguém pode mexer ou adulterar a liturgia do sagrado.  

  A primeira leitura, parece que o próprio Deus se apresenta como hóspede, na tenda de Abraão, e a tradição vê nos três anjos a figura da Santíssima Trindade, e, na leitura do Evangelho, Jesus é acolhido como hóspede na casa de Marta e Maria.



  Um  tema  este  da  hospitalidade,  que  em  nossa  sociedade individualista  e anônima, está todo para ser repensado. Nestes "Finais de Tempos", a sociedade tem medo das pessoas, colocam grades nas portas, janelas, alarmes contra assaltos, roubos, câmeras, vigias etc. 

 Temos medo, não confiamos em mais ninguém, até os que batem palmas no portão de nossas casas, desconfiamos, somos reféns do sistema do medo. Pois a maldade esta solta no mundo, nunca se viu  coisas igual.

 Onde  ficou  as  acolhidas?  Temos  medo,  a  partir  do  momento em  que acolhemos alguém estranho em nossas casas, pela nossa legislação, somos responsável por  aquela pessoa.

  Só  podemos  acolher  alguém, quem  deveras  conhecemos,  pela nossas segurança e bem estar de nossas famílias. Mas existem neste mundo, ainda muita gente boa e maravilhosas, quem ainda pode se confiar.

 As escrituras nos ajuda a descobrir em profundidade o que é hospitalidade. Ela não é só um gesto de humanidade, mas um aspecto do mandamento novo de Jesus, acolher as pessoas carentes, isto é, sem olhar a quem. 

A segunda leitura da liturgia de hoje, nos apresenta o Apostolo Paulo, um homem missionário de ação incansável,  que percorria as cidades, pregando o Evangelho do Reino de Deus. 


São Paulo e o Evangelista São Lucas na redação da palavra de Deus!

Escrevia e exortava o povo na fé; ele enfrentou muitas dificuldades, calunias e oposições. Sabemos que deu sua vida pela causa do Evangelho. Seu amor ardoroso pelo Cristo, não o desanimou, foi até o fim. O martírio! 

O que o fazia Paulo feliz, era a sua entrega de vida que levava a sofrer por causa do Evangelho, e sempre solidário e acolhedor aos irmãos da Igreja. 

 Para nós cristãos praticantes, os testemunhos dos primeiros cristãos fieis a Igreja, significa acolher o próprio Cristo, que se identificou com todos os necessitados. 

No episódio dos discípulos de Emaús, Jesus ressuscitado assumiu o aspecto de um peregrino que foi acolhido em casa pelos dois discípulos; significa abrir a própria casa. (Lc 21,13­35)

 A exemplo de misericórdia e  amor solidário: Os países na Europa acolhem os imigrantes fugitivos, das Guerras no Oriente, um modo também de acolher os estrangeiros sem rumo, que precisam de solidariedade. 


IMIGRANTES FUGINDO DA GUERRA

 Voltando-­nos para a mensagem do Evangelho de hoje, Jesus está em Betânia, na casa de Marta e Maria, as irmãs de Lázaro. Vejam a beleza dessa família, as donas de casa, que recebem o Cristo em sua casa. 

Uma está preocupada no servir, os afazeres domésticos, o bem estar da visita tão importante que chegou; a outra está assídua a escutar as novas do Reino de Deus, que o Senhor trás.

 Qual é o melhor, servir ou escutar?!  Olhando nossa realidade cristã e missionária, é claro que a Igreja precisa de Homens, mulheres, e jovens voluntários, que arregacem as mangas e tenham o zelo acolhedor, cuidar  do  bem  comum uns dos outros, oos irmãozinhs  nas  comunidades. 

 Sem  este  esforço  gentil  e acolhedor, o que seria de nossas pastorais? É o que o Senhor está a nos dizer no contexto do Evangelho, sobre a melhor parte. 

 Nossas preocupações materialistas, não pode abafar a Boa Nova do Reino. Se o Senhor está falando é que Ele quer ser ouvido; se a palavra já está escrita, que seja proclamada. 





Não precisamos ser um pregador renomado, mas que pregue a palavra de Deus, para as pessoas com sua própria vida!  Nosso Senhor Jesus, veio até nós da parte do Pai do céu.

 Por amor abdicou­-se de sua realeza divina, desceu do céu, até nós, para revelar o rosto misericordioso de Deus Pai, trazer ensinamentos divinos, pregar o amor ágape, curar nossas afetividades. Irmãozinhos! Existe um Deus de amor, que nos ama!

 As duas irmãs Marta e Maria, representa todos nós cristãos, ativos na vida cristã pastoral e contemplativos das palavras do Reino de Deus.

 A atitude de Maria, nos leva a importância da oração a contemplação e o silencio, elementos que nos ajudam a olhar as nossas ações, para pô-­las em praticas, segundo os ensinamentos da palavra do Senhor! 



 Não podemos agir sem coerência, colocar a ação do serviçal em primeiro lugar na comunidade, e esquecer a contemplação que gera esperança e a caridade.

 Ou ficarmos só na contemplação,  esquecer a ação  àqueles que sofrem, tem fome e sonhos! "A nossa oração, e fazer o bem" tem que estar de mãos dadas, senão praticarmos isso, infelizmente será um engano e irreligião.

 Uma  vez  um  sacerdote  fazia  uma  linda  homilia  na  Paroquia  em  que  eu participava, a respeito da contemplação do Santíssimo, uma ministra muito zelosa ia pra­-lá e pra-­cá muito preocupada, com os  serviçais, então o padre disse: Dona ..! 

Por favor se aquietes, acente-­se e ouça a palavra de Deus, pois esta é a melhor parte que não lhe será tirada! Quando Jesus diz a Maria que ela escolheu a melhor parte, nós pensamos que a contemplação pode prescindir da ação.

 Qual é o erro de Marta então? O erro foi, que era preciso acolher Nosso Senhor primeiro, antes de se por em ação do zelo serviçal. 

 Este é um problema muitas vezes, em nossas paroquias, até mesmo as mais organizadas, a preocupação do servir, esquecemos de participar, mergulhar no espiritual, no  sagrado.  

 Afinal Jesus na casa de de seus amigos, estava mais interessado em partilhar alguns  momentos  de  convívio  com  a  família  amiga, do  que  saborear  uma excelente refeição. 



 As duas atitudes das duas irmãs, foram carinhosas para com o divino Mestre.  Então  hoje  o  Senhor  está  falando  com  cada  um de  nós  neste Evangelho; vamos acolher a palavra de Deus em primeiro lugar, os nossos corações. 

O coração alma, o coração pessoa, o coração  mente espiritual.         Nas  nossas  pastorais,  de  nossas  comunidades,  de  que adiantaria se pregássemos a palavra, se não tivéssemos conosco a ação do servir, o amor e a caridade. 

 Se dispensássemos o irmão com fome. Ou se déssemos só o alimento físico e não dessemos o alimento espíritual da alma; a palavra de Deus? (Tg 2,14­26) 

 Irmãozinhos não esqueçamos a casa de Marta e Maria, transportemos com nossas mentes aos momentos presente de Nosso Senhor naquela visita amiga aos amigos de Betânia. 

 Hoje a família que hospeda Jesus; esta Igreja é esta nossa assembleia reunida em torno da Mesa Eucarística, é a casa de Betânia, na qual o Mestre fala conosco; nós somos as Martas e as Marias! 

Jesus  nos  diz: Amigos,  tu  te  preocupas  e  te  agitas  com  muitas coisas,  e descuidas a única e realmente importante! A sua alma a sua salvação. 



Ele tem razão: nossas vidas é uma vida corrida  desenfreada  atrás de mil  coisas:  sonhos,  projetos,  negócios, ocupações e tantas outras coisas passageiras. 

 Somos as Martas atarefadas que pensam fazer as coisas mais importantes do mundo e o invés perdemos o tempo, fazemos coisas inúteis, agitamos por coisas  que  são  somente  urgentes,  e  não  importantes,  por  coisa  que  não acontecerão nunca.

 O sábio do Eclesiastes já dizia: “Vaidade das vaidades: tudo é vaidade!” (Ecle 12,8; 1,1) Jesus disse: Maria escolheu a melhor parte. E nós, temos escolhido a parte melhor? 

Ou somos tantas pobres Martas, atarefadas em coisas que não servem e que irão acabar  conosco?  A  atitude  de  Maria  nos  recorda  a  importância  da contemplação. A oração, a escuta e o silêncio.



  Elementos que nos ajudam a olhar nossas ações segundo os ensinamentos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo!  Marta não tinha compreendido que Nosso  Senhor  tinha  vindo  a  sua casa  para  alimenta-­la.

   Mais  do que  para  ser alimentado  por  ela;  por  isso  ficara  toda absorvida naquela cozinha. “Maria sentada aos pés de Jesus escutava a palavra”. Ouvia!

 Irmãozinhos..! Deixemos hoje orientar pela palavra bendita, que o Senhor quer nos fazer ouvir, pela escuta! Salmodiemos, cantemos com alegria a tua palavra: "Senhor quem morará em vossa casa? (Sl 14) Amém!

 Jesus é o Senhor!

Texto elaborado da homilia de Raniero Cantalamessa Tema: "A melhor parte": Evangelho São lucas 10,3842 ano "c"; Literatura "O Verbo se faz carne": pg 680­683 ­­ Liturgia Dominical: "Deus Conosco dia a dia" Evangelho São Lucas 10,38­42 ano "C' 2016 pg 73­75.122 ­­ Joseinacioh.blogspot.com, "Jesus é o Senhor", Evangelho São Lucas 10,38­42 ano "C" 2013 Tema: "Marta e Maria" ­ Bíblia: Ave Maria.