domingo, 24 de abril de 2016

EVANGELHO SÃO JOÃO 14,23-29 - 6º DOMINGO DA PÁSCOA ANO "C" 2016 -COR BRANCA - ANO DA MISERICÓRDIA -- Leituras: 1ª At 15,1-2.22-29 ; Sl 66: 2ª Ap 21,10-14.22-23 -




            O ESPÍRITO SANTO QUE O PAI VAI MANDAR!


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:23 “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o Pai o amará, e nós viremos e faremos nele nossa morada.24 Quem não ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.25 Isso é o que vos disse enquanto estava convosco.26 Mas o defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. Deixo vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo.27 Mas não perturbe nem se intimide o vosso coração.28 Ouviste o que eu vos disse: Vou, mas voltarei a vos. Se me amásseis, ficareis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.29 Disse-vos isso, agora, para que, aconteça, para que, quando acontecer, vos acrediteis. Jo 14,23-29

Palavra da salvação.

Glória a vós, Senhor!



Queridos irmãozinhos povo do Senhor, estamos no Sexto Domingo da Páscoa, a liturgia de hoje e linda e maravilhosa. “Estamos chegando ao final do tempo Pascal.  Foi uma catequese sobre a vida da Igreja, reunião dos redimidos, fruto precioso da Ressurreição.

 Todo o Mistério de Cristo é uma unidade, não acontece por partes. Cada momento nos traz todo Mistério Pascal de Cristo sob um aspecto.” A meta do Senhor Jesus, para a sua Igreja é a Jerusalém celeste. ( Ap 21,10-14.22-23) 

O Espírito Santo ensina tudo, o que Jesus nos transmitiu. Ele realiza em nós o amor do Pai, que constrói a unidade. A Igreja da terra se espelha na Igreja celeste e guiada pelo Espírito Santo, se faz sempre mais esposa para seu Senhor, sem ruga e sem mancha, vivificada pelo Paráclito. ( Ef 5,27) 

A comunidade Cristã acolhe,, o convite do Pai e se reúne para celebrar, a plenitude da vida do Senhor. Vamos neste Domingo celebrar a Eucaristia com alegria, ela é a presença do Cristo ressuscitado no meio de nós.

 Nosso Senhor Jesus Cristo nos comunica, que o Pai enviará o Espírito Santo, a fim de nos ensinar e recordar, o que Ele fez e ensinou. 

Junto dele, sejamos continuadores da “Boa Nova do Reino.” Hoje o Senhor nos leva a refletir, sobre a força transformadora do seu Espírito Santo, na vida daqueles que abrem seus corações e o acolhem.

 O Espírito Santo, procede do amor do Pai e do Filho; por isso guardar a palavra de Deus é assumir o projeto do Pai. É tornar-se um com Ele, e, ser no mundo sinal de alegria e da esperança, para o Reino de Deus. 

Nosso Senhor no Evangelho de João, está despedindo de seus discípulos, diante da iminência de sua paixão; mas antes que venha o seu martírio, promete à sua igreja de enviar da parte do Pai, o Espírito Santo, o Paráclito. 

Nosso Senhor nos exorta, como deveremos manter comunhão com Ele, reafirmando sua presença e sua assistência, à sua Igreja através da presença do seu Espírito Santo.

 Jesus está conosco, permanentemente presente, ao lado de nossas comunidades, com a sua presença, pelo poder do Espírito Santo de Deus. 

Não estamos sozinhos e nem órfãos, o ressuscitado caminha conosco. O Paráclito tem dupla missão: conservar em nós o memorial do Cristo, pela fé e defender-nos dos perigos, do anti-cristo, o inimigo de nossa salvação.

 São João escreveu o discurso de Jesus daquela memorável Quinta Feira Santa, a ceia de despedidas no Cenáculo, suas últimas palavras, e instituiu a sagrada Eucaristia. ( Mt 26,17-30; Jo 13;14;15;16;17) 

Nestes últimos Domingos Pascais, a liturgia nos traz tópicos dos discursos de despedidas de Jesus; neles notamos que havia quatro presenças: "Jesus, o Pai, o Espírito Santo e os discípulos". Hoje é preciso que fixemos nossa atenção sobre uma dessas presenças: “O Espírito Santo”.

 Convida-nos para isso o próprio Jesus com as palavras do Evangelho: “O Paráclito, o Espirito Santo, que o Pai enviará em meu nome, Ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”. (Jo 14,25-26) 
                                        

No tempo de Jesus, quando uma pessoa inocente, ia como réu, ao tribunal para ser julgada, caso não tivesse um advogado para defende-la, mas na assembleia alguém de peso moral na sociedade, que acreditasse em sua inocência, podia levantar-se do meio do povo, ir até o réu, colocar as mãos sobre ele; ficando ao seu lado, como se dizer: eu acredito na sua pessoa, tem a minha proteção.

 Aquela pessoa já estava por excelência, absorvida da acusação, e reconhecida inocente pela comunidade, inocente da acusação. Este gesto de advogado, protetor e intercessor, dava-se o nome de “Paráclito”. 

 E isso que o Senhor Jesus faz, intercedendo por nós diante do Pai, encorajando-nos a lutar por nossos irmãos sem defesa, e envia da parte do Pai o socorro do céu: “O Paráclito, o Espírito Santo!” "Pois estamos no mundo, mas não somos do mundo."(Jo 17,14-18)

São João quando fala a palavra mundo, está nos falando do anti-cristo; por isso que Jesus não roga por este mundo, pois são os que recusaram o Cristo, arrastaram os inocentes aos circos das feras e aos tribunais,  os mataram. (Jo 17,9)

 Disse-se vos essas coisas, enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, irá ensinar-vos todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito. (Jo 14,26) 

E foi realmente assim, como Jesus falou e aconteceu, mais tarde os discípulos testemunhas oculares lembraram, e escreveram os textos do Evangelho, e, as cartas pastorais, para avivar a fé das comunidades cristãs.

 Os textos foram chegando pelas mãos dos Apóstolos e discípulos, nas celebrações da palavra, na fração do pão, conforme as necessidades de exortação do Espírito Santo, às comunidades das Igrejas primitivas. 

As cartas apostólicas eram como injeção de ânimo, as Igrejas perseguidas, fortalecendo a fé dos primeiros cristãos, contra as heresias que surgiam vinda do paganismo. 

Não foi fácil para a Igreja primitiva viver o cristianismo, ela foi perseguida de morte, por causa do Santo Evangelho; mas o Espírito Santo não abandonou sua Igreja.

 Mas se tudo o que diz do Espírito Santo, na Sagrada Escrituras converge para o amor, então está na hora de darmos o passo definitivo, abrir os olhos à grande revelação: O Espírito Santo é aquele Deus do que fala o Segundo Testamento, quando nos diz: “Deus é amor!” (1 Jo 4,7)

 Irmãozinhos! O que então, para concluirmos, o Espírito Santo “para nós”, que tínhamos proposto descobrir hoje? É o coração novo,(Ez 11,19) o coração de carne, dado ao homem redimido por Cristo, para que seja capaz de fazer amar por Deus, de amar a Deus e de amar os irmãos. 

Esse é o “dom máximo”, dom que encerra toda a possibilidade de comunhão o dom da alegria. Irmãozinhos! Que tristeza - e que responsabilidade – se depois disto não soubermos amar, não soubermos fazer comunhão, não soubermos sermos alegres na Comunidade?

O Senhor Jesus disse: 27 “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe o vosso coração. 28 Ouviste o que eu vos disse: “Vou, mas voltarei a vós”. Se me amasseis, ficareis alegres porque vou para o pai, pois o Pai é maior do que eu.29 Disse vós isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”. Amém!

Jesus é o Senhor!


FONTES: REFLEXÃO SOBRE A PALAVRA DE DEUS, DE RANIERO CANTALAMESSA: EVANGELHO SÃO JOÃO 14,23-29 - "O ESPÍRITO SANTO QUE O PAI VAI MANDAR", "O VERBO SE FAZ CARNE" Pg 585-589, ANO "C" -- FOLHETOS LITÚRGICO: DEUS CONOSCO dia a dia : EVANGELHO SÃO JOÃO 14,23-29 ANO "C" 2016 Pg 21-24.120 -- REVIU O BLOG JESUS É O SENHOR 2013 -- Joseinacioh.blogspot.com
                                              



domingo, 17 de abril de 2016

EVANGELHO SÃO JOÃO 13,31-33a.34-35 - 5º DOMINGO DA PÁSCOA ANO "C" 2016 - Ano da Misericórdia - Leituras: 1ª At 14,21b -27.; Sl 144; 2ª Ap 21,1-5a - Cor litúrgica branca - Liturgia p/24/04/2016

                                     O NOVO MANDAMENTO!
                                           
AMAI VÓS UNS AOS OUTROS!





31Depois  que Judas saiu do  cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.33a Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco.34 Eu vos dou um novo mandamento: Amai vós uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vos deveis amar uns aos outros.35 Nisto todos  conhecerão  que  sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros". (Jo13,31-33a.34-35)

Palavra da salvação.
Glória a vós, Senhor!


Queridos irmãozinhos povo do Senhor, estamos celebrando a litúrgia do quinto Domingo da Páscoa. Nosso Senhor está nos falando do seu amor por nós. A mensagem do Evangelho é: Jesus nos ensinou que o amor dinamisa a nossa existência, nos dá alegria e a plenitude da vida. A nossa esperânça cristã é, de estar ao lado de Deus; e de esforsarmos no mandamento do amor, do jeito que Jesus nos amou e nos ensinou. Ele disse: "Amai vós uns aos outros como vos amei (Jo 15,12)

Irmãozinhos..! Será que vamos conseguir amar o nosso próximo como Nosso Senhor Jesus Cristo nos ama, e nos perdoa? Esse é o grande desafio para nos cristãos, o "amor ágape", fraterno e recíproco. O Senhor diz que se o platicarmos, o amor nos liberta e nos tornam livres. Jesus disse: “Conhecerão que sois meus discípulos, se tiverem amor uns aos outros”. A palavra de ordem do Evangelho deste Domingo para nos é o "verbo amar!"

 "Cristo viveu esse amor por nós até as últimas consequências: até amar-nos assim como somos primeiro, e se identificou conosco diante do Pai, a nos perdoar e a morrer por nós. Amou nos de verdade, e foi até o fim, ( Jo 13,1) onde "fim" não indica somente até o fim da vida, mas também até o extremo limite possível, a totalidade, o que ele proclamou em alta voz na cruz: "Pai tudo está consumado". ( Jo 19,30) 

Amando-nos assim, Ele nos redimiu; fez-nos também seus irmãos e filhos do mesmo Pai; doravante, há algo em nós pelo qual podemos e devemos ama-los. Jesus Cristo, nos amando, nos tornou amáveis, dignos de amor uns pelos outros. Há um motivo pelo qual cada pessoa, mesmo o mais miserável, pode e deve ser amado.

 O motivo é que ele é amado por Deus e Deus o quer salvar. O mandamento de Jesus é novo, também por outro motivo: porque renova! Ele é de tal modo que muda a face da terra, transforma as relações humanas, como aquele fermento do qual Jesus falou, que introduzido na massa, a levedura faz levantar e crescer toda a massa, levantando-a de sua inércia. (Mt 13,33-35) 

 Cristo nos deu um mandamento novo: de amar-nos uns aos outros, como Ele nos amou. É esse amor que nos renova, tornando-nos homens novos, herdeiros do novo testamento, cantores do cântico novo [...] .(Sl 96,1-2) É este amor que agora renova as pessoas e reúne todo o gênero humano, espalhado por toda a terra, para fazer dele um povo novo, o corpo da nova Esposa do Filho Unigênito de Deus." ( Santo Agostinho, tract. In: Jo 65,11) 

 Há uma palavra que volta mais vezes nas leituras bíblicas de hoje e constitui a nota dominante: o adjetivo “novo”. Vi, então, um novo céu e uma nova terra [...] Eu vi descer do céu, junto da Cidade Santa, a Nova Jerusalém; e o Senhor que está no trono diz: “Eis que renovo todas as coisas” ( Ap 21,5) ; enfim no Evangelho Jesus nos diz: “Dou-vos um novo mandamento. (Jo13,34)
      
VOCÊS ESTÃO ENTENDENDO O QUE ESTOU FAZENDO? JO 13,1-17


 Este anúncio nos é dado num contexto Pascal, para nos dizer que é da Páscoa de Cristo que floresceu toda a novidade; é este aquele evento “novo”, que permite a todos as coisas se renovarem: Cristo foi ressuscitado dos mortos. Veremos que naquela Quinta Feira memoraravel, antes de sua paixão, Nosso Senhor lavou os pés de cada discípulos, instituiu a sagrada Eucaristia, exortou seus discípulos a permanecerem unidos fraternalmente.

 Jesus neste Evangelho nos fala de algo muito sério. Ele deixa bem claro, que o amor entre nós é algo indispensável na fraternidade Cristã. “Eis que vos dou um novo mandamento, amai vos uns aos outros como vos tenho amado.

 O amor de Deus por nós é infinito, quando Ele olha para nós não nos vê como multidão, mas em cada um de nós um ser único. Mas se não amarmos uns aos outros, como poderemos entrar na Jerusalem celeste?

 O mundo em que estamos, tem dificuldades de amar e compreender o amor de Deus, pois o príncipe deste mundo,  com seu sistema, trabalha sem cessar para que Jesus não seja Senhor da nossa vida e de nossa salvação! Por isso suas sinsânias mundanas, é confundir o amor de Deus em nós. 

Quantos de nós somos enganados por causa das propostas imanentes deste mundo, coisas passageiras só para esta vida, que não nos leva a Jerusalém Celeste. Qual é o sentido da palavra amor, tão banalizada pelo mundo em que vivemos? O inimigo da nossa salvação joga pesado contra o amor de Deus, ele está personificado no mundo, pregando o seu mandamento de desarmor. 

 Nesta ditadura relativista, está o egoísmo com seu hedonismo, os prazeres  mundanos, só para esta vida, faz se esquecer que temos uma origem divina, que prestaremos contas daquilo, que fizermos e por aquilo que não fizermos, por nossos irmãos, lá no tribunal do Senhor. Isso é, se não amarmos os nossos semelhantes como Deus nos mandou.  

Lembremos de nosso criador, que nos amou sem limites e enviou seu Filho único a este mundo para que tivéssemos vida eterna.  ( Gn 1,26) Irmãozinhos! Quantas vezes os nosso orgulho espiritual, faz escondermos  a fraternidade por nossos irmãos, que poderíamos torna-los mais felizes?

 Nossa comunhão com o Cristo, exige que esforcemos-nos no amor fileo, com os nossos próximos; um dos esforço e começar pelo perdão! Por isso peçamos ao Espírito Santo que nos dê dupla dose de amor para amar nossos irmãos, até mesmo aqueles que nos perseguem. (1 Cor 13,4-7)

Por isso não dispensemos o nosso próximo, mas vamos dispensar de nós mesmo, todo o mal que impede de atuar no amor da nossa comunidade. (Jo4,1) Esta mística cristã pode ser notada no dia a dia das primeiras comunidades cristãs, e na vida de todos aqueles que se fazem discípulos de Jesus. Eles iam além do amor fileo, mas ao extremo do ágape."Vejam como eles se amam!"( At 2,37-41)

É importante lembrarmos que a realização do novo céu e da Nova Terra (Ap 21,1) ao longo do tempo não são tarefas que cabem somente a Deus ou somente à humanidade. Esta meta Deus quer precisar de cada um de nós, e para ser alcançada, precisa contar com colaboração de ambas as partes. Trata-se daquilo que escutamos no Evangelho de hoje: “Amai-vos uns aos outros!” (Jo 13,34) Amém!

Jesus é o Senhor!

FONTES: REFLEXÃO DA PALAVRA DE DEUS: DE RANIERO CANTALAMESSA: EVANGELHO SÃO JOÃO 13,31,-33a.34-35 - ANO "C" - "VERBO SE FAZ CARNE" Pg 580-584 -- FOLHETOS LITÚRGICOS: "DEUS CONOSCO dia a dia" EVANGELHO SÃO JOÃO 13,31-33a.34-35 ANO "C" 2016 Pg 100-102 -- REVIU O BLOG: JESUS É O SENHOR - ANO "C" 2013 - Joseinacioh.blogspot.com


O BOM SAMARITANO! Lc 10,25-37
              




domingo, 10 de abril de 2016

EVANGELHO SÃO JOÃO 10,27-30 4º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO "C" 2016 --ANO DA MISERICÓRDIA - Leituras: 1ª At 13,14.43-52; Sl 99; 2ª Ap 7,9.14b-17 - Cor litúrgica branca - Liturgia p/17/04/2016 -



"O PASTOR AS CONHECEM E AS OVELHAS O SEGUEM!"
           
        

Naquele tempo, disse Jesus: 27 “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28 Eu dou lhes a vida eterna, e ela jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. 29 Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebata-las da mão do Pai. 30 Eu e o Pai somos um”. (Jo 10,27-30)

Palavra da salvação

Glória a vós, Senhor!



Querido povo de Deus, o Evangelho deste Domingo nos trás a imagem do Bom Pastor. "O nosso "Deus não desiste de nós". Ele quer que sua salvação vá até o fim do mundo. Seu plano de amor é infinito, vai além da nossa imaginação. Somos a razão do seu projeto de amor, por isso Ele quer precisar de cada um nós, para que sejamos seus cooperadores, na missão de levar a "Boa Noticia,"àqueles que não conhecem o amor de Deus! ( Jo 3,16)

 Seu plano de amor é arrojado, mas é também trabalhoso. No Domingo do “Bom Pastor", nosso olhar sobre a palavra de Deus, ganha um horizonte vocacional. A imagem do "Bom Pastor”, aqui identificada com o Senhor Jesus, é o modelo de comunhão e de entrega de todos os cristãos, seguidores de Cristo. 

Porque lançamos um especial olhar sobre a vocações de consagração e de serviço na Igreja, pedimos também que o Senhor continue a enviar muitos "bons pastores" a sua Igreja, capazes de um "sim"incondicional e de fedelidade ao amor manifestado por Jesus, o nosso Pastor por exelência. Jesus é o grande Pastor, aquele que deu sua vida pela nossa salvação.

Também neste Domingo temos sucessivamente, um trecho dos Atos dos Apóstolos e um do Apocalipse; na primeira leitura nos fala de “uma multidão” que, apoiada nas palavras de Paulo e Barnabé, abraçam a fé e está “destinada a vida eterna”; na segunda leitura, fala-se de “ uma multidão imensa” que “está de pé diante do trono” e que é conduzida pelo Cordeiro-Pastor às fontes das águas da vida. 

Mais uma vez contemplamos juntamente os dois caminhos e as duas Igrejas: A Igreja de agora e a Igreja do futuro, “ a vida presente e a vida eterna”. Escutemos hoje, a palavra do Bom Pastor, que nos conhece profundamente e dá a vida por suas ovelhas. Diferentemente dos falsos pastores, que são ladrões e mercenários, Jesus nos indica o caminho do céu, encaminha-nos a águas repousantes e restaura as nossas forças.

 Jesus diz no Evangelho que as suas ovelhas conhecem a sua voz, e Ele também as conhecem, e elas o seguem. A ovelha é um animalzinho que precisa de cuidados do seu pastor. Elas são frágeis, inseguras, vulneráveis, míopes e teimosas. São dependentes, entregues ao seu próprio destino, presa fácil aos assaltantes.

 Elas podem caminhar sozinhas por lugares inóspitos, perigosos, caírem em buracos e precipícios, enroscar nos espinhos, perderem –se umas das outras. Nas noites de tempestades, ficam afritas e choram de medo, é preciso que o pastor durma com elas as acalmem, as alcanssem. Jesus ao falar das ovelhas está falando de todos nós pecadores, fracos dependentes do seu amor gratuíto que deixamos envolver pela voz do pecado, que grita na nossa carne tão fraca humana.

 Por isso que Nosso Senhor faz a comparação, contando-nos a parábola do Bom Pastor, chamando-nos de suas ovelhas, convidando-nos a reconhecermos a sua voz e ouvi-lo. Hoje o Senhor dos Pastores, está nos convidando a sermos também pastores, de irmos ao encontro das ovelhas desgarradas, que não conhecem a "Boa Nova do Evangelho". 
           
        
      
Esta proposta do Senhor é dirigida a todos os homens, de todas as raças e nações que recebem o envio de levar o Evangelho àqueles que não conhecem Jesus ressuscitado. Irmãozinhos! O verdadeiro pastor é aquele que presta seu serviço, por amor a Jesus, e não por dinheiro, mas pela causa do Reino. 

O mau pastor do Evangelho é aquele que explora o velo do rebanho, abandona as ovelhas quando o lobo vem, deixa que as roube e as disperse. Podemos entender que o lobo voraz é o inimigo de nossa salvação, que rouba a "Boa Nova" do Reino, anunciando suas doutrinas e suas propostas mundanas aos carentes do amor de Deus.

 O pastor assalariado não ama as ovelhas, frequentemente as odeia, são mercenários fogem diante do perigo abandonando-as. Mas do outro lado do bem, existem as ovelhas atentas e dispostas a seguir o Bom Pastor. É a Igreja Católica com seu rebanho e seus pastores, que Nosso Senhor deixou aqui para cuidar de nós, e nos orientar no caminho do Reino. 
                                             

A Igreja Católica, ela é santa e pecadora, mas é o aprisco onde Jesus conduz suas ovelhas, administra os "Santos Sacramentos", cura as ovelhas machucadas, enfaixas-as, carregam-as no colo. “Paroquia é uma determinada Comunidade de fieis, constituídas de maneira estável na Igreja particular, e seu cuidado Pastoral é confiado ao pároco, como seu pastor próprio, sob a autoridade do Bispo Diocesano”.

 È o lugar onde todos os fieis podem ser congregados pela celebração Dominical da Eucaristia. A paroquia inicia o povo cristão na expressão ordinária da vida litúrgica, reúne-o nesta celebração, ensina a doutrina salvífica de Cristo, pratica a caridade do Senhor nas obras fraternas. ( CIC 2179)  Isto explica porque a liturgia neste belissímo tempo Pascal, nos propõe o Evangelho do Bom Pastor.

 Jesus é o nosso Deus que nos salva, nós somos o povo do seu rebanho. A Páscoa de Cristo demonstra, Ele o Bom Pastor, que deu sua vida pelo rebanho, para salvar a todas as ovelhas que ouvirem sua voz. Quem faz uma experiência com Jesus ressuscitado, o escuta e identifica com Ele, isto é vive como Ele na entrega da própria vida em favor do rebanho, que é a nossa própria comunidade. 

O Senhor Jesus prometeu-nos que virá mais uma vez para arrebatar seu rebanho, sua Igreja; enquanto Ele não vem, fica uma pergunta para cada um de nós, cada dia de nossa existência: Como estou me comportando no rebanho do meu Senhor? Sou uma ovelha obediente, ou me comporto como um cabrito displicente..?

 Sou caminho de céu para o rebanho onde onde estou? Proclamo: "Jesus caminho a verdade e a vida!?" ( Jo 14,6) Para seguir nosso amado Pastor, Senhor de nossas almas, precisamos acolher suas palavras no Evangelho, vamos despir se da ovelha negra da tibieza que somos. Amém!

Jesus é o Senhor!

FONTES: TEXTO ELABORADO DA HOMILIA DE RANIERO CANTALAMESSA 4º DOMINGO DA PÁSCOA EVANGELHO SÃO JOÃO 10,27-30 - ANO "C"  "O VERBO SE FAZ CARNE" PG 576-579 -- FOLHETO LITURGICO: "DEUS CONOSCO dia a dia"- "EVANGELHO SÃO JOÃO" 10,27-30 ANO "C" 2016 Pg 79-82. REVIU O BLOG "JESUS É O SENHOR!" ANO 'C" 2013 - EVANGELHO SÃO JOÃO 10,27-30 -- Joseinacioh.blogspot.com

Jesus é o bom Pastor! Jo 10,11


A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro! Amém! Ap 7,10
















domingo, 3 de abril de 2016

EVANGELHO SÃO JOÃO 21,1-19 3º DOMINGO DA PÁSCOA ANO "C" 2016 - ANO DA MISERICORDIA - Cor branca - Leituras: 1ª At 5,27b-32.40b-41; Sl 29; 2ª Ap 5,11-14 - Liturgia p/10/04/2016

                                                              

                         APARIÇÃO NA GALILEIA
                            
                                        


Naquele tempo,1 Jesus apareceu de novo aos seus discípulos, à beira do mar Tiberíades. A aparição foi assim:2 estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca mas não pescaram nada naquela noite.4 Já tinha amanhecido e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: “Moços tendes alguma coisa para comer?” Responderam “não”.6 Jesus disse-lhes: “Lançai a rede a direita da barca e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la fora, por causa da quantidade de peixes.7 Então o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “ É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu a roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.8 Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros.9 Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima e pão.10 Jesus disse-lhes: “Trazei algum dos peixes que apanhastes”.11 Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; apesar de tantos peixes a rede não se rompeu.12 Jesus disse lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos atrevia perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13 Jesus aproximou tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe.14 Esta foi a terceira vez que Jesus ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.15 Depois de comerem Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: ”Sim Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “ apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “ Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “ Apascenta as minhas ovelhas”.17 Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “ Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se Ele o amava. Respondeu: “ Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “ Apascenta as minhas ovelhas.18 Em verdade, em verdade te digo: Quando eras jovem, tu cingias e ia para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”.19 Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.

Palavra da salvação.
Glória a vós, Senhor!






Querido povo de Deus, neste terceiro Domingo de Páscoa a liturgia nos faz ler, um depois do outro, um trecho dos Atos dos Apóstolos e um trecho do Apocalipse; o primeiro nos descreve os primeiros passos da Igreja na história, o segundo a Igreja que vive além da história, em adoração eterna diante do Cordeiro.

 A primeira leitura dos Atos nos fala da comunidade Cristã ambientada na cidade de Jerusalém, a segunda nos fala da Igreja dos santos da Jerusalém celeste! Essa confrontação é muito importante e sugestiva: permite-nos contemplar ao mesmo tempo o caminho e a meta, a igreja de agora e a igreja do fim.

 A cada liturgia eucarística que celebramos vamos gestando em nós o desejo, de habitar a Jerusalém celeste  prometida. Nós ainda estamos nesta Igreja peregrina, e devemos nos ocupar, sobretudo, das coisas que dizem respeito a esta “nossa” Igreja.

 O Evangelho de hoje nos diz uma coisa muito importante, sobre a nossa Igreja Católica Apostólica Romana: Temos um guia espiritual, um pastor  estabelecido por Deus; fala-nos, enfim, do ministério de Pedro na Igreja. Fala-nos do nosso querido Papa Francisco sucessor de Pedro na Catédra de Roma.

 Se tomarmos o nosso Papa Francisco, o outro Bispo que o sagrou,  o outro que sagrou o outro, e o outro que sagrou aquele – numa contagem regressiva, chegaremos em um dos Doze Apóstolos. Por isso que a Igreja Católica é Apostólica, Romana, porque os Apóstolos, Pedro e Paulo morreram mártires em Roma.

 O Evangelho de hoje nos conta que após acontecimentos, da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, os Apóstolos estão sem perspectivas para o futuro. E agora? Os discípulos não a tem, estão desanimados e sem direção; aquele que iluminava os seus caminhos, fora arrebatado do seus meios, de um modo muito cruel. 

Eles, voltaram a velha rotina de pescadores. Tinham deixado tudo por causa de um Jovem carpinteiro de Nazaré, que falava de um Reino de paz e amor. Pedro disse aos companheiros, vou pescar. Os sete companheiros disseram, nós vamos com você. Sim! Esquecer os tristes acontecimentos, que os deixaram órfão do mestre espiritual.

 Eles buscaram na noite, e nada encontraram, voltaram com as “redes vazias”. A noite é sinônimo de trevas, ausência de luz; o mar simboliza lugar de escravidão e sofrimento. Só Jesus pode iluminar a missão da Igreja caminhante. A Comunidade precisa da luz do Senhor!

 Mas naquela manhã o Senhor ressuscitado, luz do mundo, os chama, convida-os para a partilha e lhes oferece o pão. Jesus os chamou da margem: “Moços  tem alguma coisa para comer? Que delicadeza tem o Senhor para com seus Apóstolos chamam-os de jovens.
                                  


 O Senhor Jesus pediu alimento a jovem comunidade que não pesca nada, está abatida, insegura, decepcionada de redes vasias. Os pescadores de almas, e sem sucesso disseram ao Senhor: “Passamos a rede a noite inteira e não pegamos nada”.

 Jesus disse-lhes: “Lançai a rede a direita e achareis!” O Evangelho de hoje, faz justamente referência a um desses momentos de desânimo na vida da comunidade. Depois de uma pesca infrutífera, a comunidade se vê a deriva no mar, em meio as trevas.

 Haviam se esquecidos que era de manhã, de que uma nova vida havia instaurada. E muito comum que nossos ideais e propósitos acabem se esfriando ao longo do nosso cotidiano de vida e espiritual, quando sentimos sozinho, desamparados, cansados e frustrados.

 Mas o Senhor está de volta, animando e ensinando a comunidade a lançar a rede novamente. João disse a Pedro: “E o Senhor!” Quando Pedro ouviu dizer que era Jesus quem os chamava, vestiu a roupa e atirou-se ao mar e foi ter com o Senhor. Havia amanhecido; chegou Jesus.

 Os seguidores do Senhor voltam a pescar novamente, quando ouvem a voz de Deus, tudo de bom acontece, quando ouvem o ressuscitado, conseguem resultado. Pedro vestiu sua roupa nova, identidade de missionário para lutar e vencer os desafios, que são as forças do mal.

 Esta nova roupagem de Pedro, é a roupagem da luz do Senhor ressuscitado. Pedro agora enche de forças, com a presença do Senhor Jesus. Os discípulos estavam lutando para segurar e arrastar a rede cheia de peixes, Pedro agora com a presença de Jesus, sozinho arrasta a rede da Comunidade, sem dificuldades. (Jo 21,15-25)

 Pedro é sinal visível na Igreja do Senhor. Por três vezes Jesus lhe pergunta: “Pedro tu me amas?” E Jesus confirma nele o primado: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pedro precisava ser curado de seu coração amargo, pois foi em torno de uma fogueira, havia negado o seu Senhor, naquela triste noite da entrega do Senhor aos algoses, quando o galo cantou por três vezes.

 Agora em torno de uma fogueira, com pães e peixes assados, simbolo da Eucaristia, que Jesus fez a beira do lago, pergunta lhe por três vezes se o amava para curar o seu coração. Com o coração curado; o Senhor envia a grande missão:“Então cuida dos meus irmãos”. (Mt 26,6975)

Onde está Pedro está a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo! “Pedro tu és pedra e sobre esta pedra edifico a minha Igreja!” Onde está Francisco, está a verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Viva Jesus Ressuscitado o nosso Deus de amor! Amém!

Jesus é o Senhor!

TEXTO LABORADO DAS REFREXÕES DE RANIERO CANTALAMESSA; 3º DOMINGO DA PÁSCOA EVANGELHO SÃO JOÃO 21,1-19 – ANO “C” – “O VERBO A FAZ CARNE” Pg 570-575 – TEMA “O MISTÉRIO DE PEDRO NA IGREJA”. FOLHETOS LITÚRGICOS: DEUS CONOSCO dia a dia – ABRIL 2016 ANO “C” Pg 58-61.121 – REVIU O BLOG “JESUS É O SENHOR!” 2013 – APARIÇÃO NA GALILÉIA – 3º DOMINGO DA PÁSCOA – Evangelho são João 21,1-19 Joseinacioh.blogspot.com